As possíveis personalidades do novo Goiás
Ney Franco é um dos favoritos a assumir o cargo, ele que trabalhou no clube esmeraldino em 2018 – Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás E.C.
Luiz Felipe Mendes
Depois de uma nova goleada
sofrida por 6 a 1, desta vez para o Santos na Vila Belmiro, o Goiás demitiu o
técnico Claudinei Oliveira e agora busca um nome como reposição. Alguns
possíveis candidatos são Ney Franco, que retornaria ao clube após passagem
recente, e Levir Culpi, disponível no mercado desde sua saída do Atlético
Mineiro. Quais são as principais características de cada um? O Goiás pode
ganhar uma nova cara? É possível.
Comecemos por Ney Franco. Em
maio de 2018, ele foi contratado pelo próprio Goiás para ajudar o time a conseguir
uma reação na Série B do Brasileiro. Sob seu comando, o esmeraldino conseguiu o
principal objetivo daquela temporada, o acesso para a elite nacional. Porém, ao
fim do ano, a diretoria alviverde decidiu optar por outro treinador para
disputar a Série A, e foi aí que Claudinei Oliveira entrou na jogada.
Com isso, Ney Franco
procurou outros rumos e acabou fechando com a Chapecoense no último mês de
março. Um fato curioso, já que Claudinei Oliveira havia sido demitido da mesma
Chape. No clube catarinense, Ney Franco realizou um total de 18 jogos e
conseguiu cinco vitórias. Sua estreia pelo Verdão do Oeste foi logo em um
clássico contra o Figueirense pelo Catarinense, empatando em 3 a 3. Nas semis,
a Chape viria a eliminar o Figueira, mas acabou perdendo a decisão para o Avaí,
nos pênaltis. Já pela Copa do Brasil, Ney Franco liderou o time e despachou o
Criciúma, mas não conseguiu passar do Corinthians, apesar de ter ganhado o
primeiro jogo.
A sua demissão da
Chapecoense veio em decorrência dos maus resultados na Série A. A equipe venceu
apenas duas vezes em 11 partidas, com sete derrotas entre elas, culminando em
uma posição na zona de rebaixamento. Entre as características do treinador,
vale ressaltar a filosofia ofensiva do mesmo, além de uma variação tática
consideravelmente maior em relação a Claudinei, por exemplo. Com o Goiás, no
ano passado, Ney Franco teve o melhor ataque, mas uma das piores defesas. Um
ponto para se lembrar.
Outro postulante ao cargo se
chama Levir Culpi. Experiente, ele esteve à frente de vários clubes grandes do
cenário nacional, além de ter tido experiência no exterior. Seu último emprego
foi no Atlético Mineiro. O treinador chegou ao Galo em outubro de 2018 e
demorou a emplacar, perdendo as três primeiras, empatando na sequência e
vencendo apenas depois disso. Na reta final da Série A, porém, ele conseguiu
quatro vitórias em cinco duelos, classificando o Atlético para a Libertadores.
Em 2019, ele fez 22 jogos e triunfou em 14. Contudo, a diretoria decidiu
liberá-lo às vésperas da final do Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, onde o
Atlético sairia vice-campeão. Sua demissão foi por causa do pífio desempenho na
Liberta.
Entre suas características, Levir não costuma fazer tantas alterações
táticas quanto Ney Franco. Entretanto, basta lembrar que, com ele, o Atlético
Mineiro foi campeão da Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana em 2014, além do
Mineiro em 2015. Ligamos para o diretor de futebol do Goiás, Túlio Lustosa,
para perguntá-lo sobre os dois nomes, mas o profissional optou por não dar
pistas sobre negociações. Nesta quarta-feira (07), diante do Corinthians, o técnico interino
Robson Gomes será o comandante.