Após prata no Pan, tênis de mesa feminino quer se garantir em Tóquio

Pré-Olímpico de Lima em outubro garante seleção campeã em Tóquio 2020

Postado em: 04-09-2019 às 13h35
Por: Raphael Bezerra
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Pré-Olímpico de Lima em outubro garante seleção campeã em Tóquio 2020

Da Redação

A seleção feminina de tênis de mesa está, no momento, em Assunção, no Paraguai, disputando o Campeonato Pan-Americano. A competição serve de preparação para o evento mais importante da temporada: o Pré-Olímpico por equipes, no Peru, entre 25 e 27 de outubro. O torneio será em Lima, onde o time formado por Bruna Takahashi (foto), Caroline Kumahara e Jéssica Yamada conquistou a prata nos Jogos Pan-Americanos.

O Pan, aliás, foi a primeira experiência de Caroline e Jéssica jogando em dupla pela seleção após muito tempo. Juntas, elas venceram seus jogos contra México, Colômbia e Chile, e venderam caro as derrotas para parcerias de Estados Unidos, na semifinal, e Porto Rico, na decisão do ouro — de quem ganharam a revanche em Assunção na última terça-feira (3).

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“A gente realmente não sabia como seria. O estilo de cada uma mudou muito, as adversárias eram diferentes também, mas conseguimos jogar bem. Fizemos frente à dupla com as duas mais fortes dos Estados Unidos e quase ganhamos (da dupla) de Porto Rico, que joga junto há muito tempo. O entrosamento é a coisa mais importante em uma dupla”, destacou Caroline. 

“Nosso time tinha muito potencial para ganhar o ouro (no Pan). Foi uma pena, mas a prata foi muito boa. Na hora, fica meio frustrada, mas, quando se para e analisa o torneio, foi muito positivo. Foi nossa primeira vez juntas, como equipe”, completou Jéssica.

LIGAÇÃO ESPECIAL

O Pré-Olímpico de Lima garante a seleção campeã em Tóquio. As demais equipes terão que disputar um qualificatório mundial, que dá nove vagas nos Jogos, contra rivais da Europa e da Ásia — onde estão as potências do tênis de mesa.

Estar no Oriente para o mais importante evento do esporte será especial para a dupla. Caroline Kumahara é nissei, ou seja, filha de japoneses. “O pouco que eu sei é que ele veio de navio com os irmãos, quando tinha quatro anos. Pelo que entendi, eles estavam meio que fugindo da guerra. A família decidiu vir para cá sem nada, sem lugar para ir. Meu pai não é muito de falar das histórias. Acho que foi muito sofrido, é o que minha irmã mais velha fala”, contou a mesatenista, que tem outra memória marcante do Japão: o título do equivalente à segunda divisão do Mundial por Equipes feminino, em 2014.

Jéssica Yamada é a quarta geração de uma família também de origem japonesa. Mas o carinho dela pelo país vai além da relação sanguínea. (Agência Brasil)

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