Com ataque ineficiente, Vila deve ser mais ofensivo daqui para frente

Pela Série B de 2019, o colorado balançou as redes 18 vezes, mas apenas cinco desses gols foram marcados por atacantes do clube - Foto: Douglas Monteiro/VNFC

Postado em: 06-10-2019 às 13h40
Por: Luiz Felipe
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Pela Série B de 2019, o colorado balançou as redes 18 vezes, mas apenas cinco desses gols foram marcados por atacantes do clube - Foto: Douglas Monteiro/VNFC

Luiz Felipe Mendes

O torcedor do Vila Nova sabe
que o grande objetivo do time na temporada é escapar do rebaixamento para a
Série C. A situação parecia estar ganhando contornos otimistas, mas o técnico
Marcelo Cabo foi demitido e agora o clima é de indefinição. Na segunda-feira (7), a
equipe entra em campo e visita o São Bento em confronto direto. Para não perder
o pique no Brasileirão, o Tigre precisa melhorar o seu setor ofensivo.

Para ilustrar a ineficiência
alvirrubra lá na frente, vamos colocar no papel o rendimento. Pela atual Série
B, o Vila marcou em 18 oportunidades. O número já é baixo por si só,
configurando o pior da competição ao lado do Criciúma e do Figueirense. Para se
ter uma ideia, o líder Bragantino tem mais que o dobro. De qualquer forma, o
aproveitamento do ataque vilanovense fica ainda pior quando destrinchamos os 18
gols marcados. Dentre eles, somente cinco foram anotados por jogadores do setor
ofensivo. Curiosamente, os outros dois blocos do time marcaram mais vezes: a
defesa e o meio de campo fizeram seis gols cada, além de um gol contra diante
do Oeste.

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Se a função do ataque é
fazer gols, não se pode pensar em um rendimento tão abaixo do normal. E o interino
Rafael Toledo chega com uma proposta de mudar o padrão colorado no Campeonato
Brasileiro. “Eu gosto de jogar para frente. Não tenho receio de jogo não. É
lógico que o ideal é o equilíbrio sempre, mas eu gosto de atacar porque eu acho
que se eu tiver boas peças na mão dá para armar uma estratégia ofensiva. Eu
acho que eu consigo ir ali no equilíbrio, mas com uma filosofia um pouco mais
ofensiva. Sobre a estratégia, dependendo do jogo, a gente ataca um pouco mais
ou segura um pouco menos, mas uma situação ofensiva me agrada mais”, explicou.

Além do baixo rendimento do
Vila Nova no ataque, nenhum atleta do setor fez mais do que um gol na Série B.
Robinho, Bruno Mezenga, Gustavo Henrique, Juninho e Bruno Mota foram os
jogadores que balançaram as redes, sendo que os dois últimos já até deixaram o
clube. O zagueiro Wesley Matos sozinho fez dois gols, mais do que qualquer
outro atacante. Portanto, ele vê com bons olhos um futebol mais ofensivo. “O
Rafael (Toledo) tem as ideias dele e, se depois de tantas mudanças ele colocar
o time para frente, nós temos que fazer e é válido isso, porque precisamos
fazer gols. […] A gente tenta ajudar da melhor maneira possível,
principalmente defendendo e quando dá para ajudar eles no ataque”, analisou.

O teste de fogo acontece já na segunda-feira (7) diante do São
Bento, no Estádio Walter Ribeiro, a partir das 20 horas. O duelo é um confronto
direto contra o descenso e o Vila não pode pensar em perder, já que na
sexta-feira seguinte tem clássico contra o Atlético no Serra Dourada.

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