Atlético Goianiense e Vila Nova se enfrentam com dois objetivos diferentes

Felipe André e Luiz Felipe Mendes

Clássico é clássico e vice-versa. 50% de chances para cada
lado. Não existe favoritos. Frases folclóricas para definir a rivalidade de
dois clubes antes de um jogo nunca foram tão clichês como essas. Vila Nova e
Atlético Goianiense entram em campo hoje, na abertura da 28ª rodada do
Campeonato Brasileiro Série B, às 19h15 (horário de Brasília), no Estádio Serra
Dourada. É mais uma partida entre o G4 e o Z4 na competição.

Vila Nova

Vamos listar os três
principais obstáculos que o colorado possui a necessidade de superar. O
primeiro deles tem a ver com o retrospecto, pois a Vila nunca venceu o Atlético
por uma Série B em toda a história da competição. O segundo é sobre o
rendimento, porque o Tigre ainda não ganhou no Serra Dourada na atual edição do
Brasileirão, configurando-se como o pior mandante do torneio. Para completar,
ainda há a missão de derrubar um adversário que figura na segunda colocação,
ainda que esteja há dois jogos sem vencer, assim como o próprio alvirrubro.

“O Atlético é vice-líder não
é à toa, com uma campanha regular na Série B. Quanto menos você oscila,
melhores resultados você consegue. E não vejo problema nisso. O Atlético tem
uma campanha sólida, uma equipe muito competitiva, muito forte. Esses dois
resultados (contra Guarani e Cuiabá) que por ventura não estariam nos planos,
eles vão tentar de alguma forma se ressarcir contra a gente. Mas eu não vejo
isso como um impulso que vai fazer tanta diferença, naturalmente eles já têm
algum acidente de percurso planejado”, alertou o treinador Rafael Toledo, que
permaneceu à frente do time por pedido dos jogadores.

Apesar do Dragão estar
vivendo uma situação um pouco mais desconfortável do que de costume, com a
aproximação dos times de fora do G-4, o Vila está com um ambiente
consideravelmente mais conturbado. Na última quarta-feira (9), houve uma
invasão de torcedores no campo onde os jogadores e a comissão técnica estavam
trabalhando. O incidente já era esperado pelo clube e existiu uma cobertura
policial no local. Durante a tarde de ontem, o elenco participou de treino
fechado à imprensa e policiais novamente marcaram presença em prol da segurança
dos funcionários. 

Um dos líderes do plantel
vilanovense, Alan Mineiro foi perguntado sobre a retomada da alcunha de Rei dos
Clássicos, mas minimizou o assunto. “Eu vejo que neste ano não consegui,
infelizmente. Fiz gol em clássico, que foi contra o Atlético, não tive grandes
atuações como tive nos últimos anos, mas acontece. Tenho mais uma oportunidade,
mas independente do Alan, o fator amanhã é a vitória”, comentou. 

Atlético Goianiense

Mistério total no último treino do Atlético Goianiense. Se o
Vila Nova decidiu fechar sua atividade, o rubro-negro goiano liberou, mas
Wagner Lopes tratou de deixar algumas dúvidas em aberto. O treinador posicionou
13 jogadores de linha e escancarou três disputas em aberto.

No meio-campo, André Castro e Nathan brigam por uma vaga,
pouco mais a frente pode acontecer o retorno de Moacir, que foi liberado pelo
departamento médico, e tem como concorrente Matheus. No ataque a dúvida é com o
camisa 9, Rodrigo Rodrigues e Aylon disputam a titularidade. Reginaldo que
cumpriu suspensão na última rodada retornou e deve iniciar jogando o clássico.

Com muitas mudanças, principalmente no ataque, o Vila Nova é
motivo de estudo por parte de Wagner Lopes e sua comissão técnica. Com a ajuda
de Sandro Rosa, auxiliar técnico do treinador, e Eduardo Souza, assistente da
comissão fixa do clube, a análise sobre o rival foi feita com foco nas
possíveis alterações que Rafael Toledo, treinador do Vila, possa fazer.

“Eu tenho o Sandro Rosa que me ajuda muito, o Eduardo Souza,
Rafael Cota, todo mundo que tem momentos diferentes, os padrões de
movimentação. É analise de desempenho, análise do adversário, a gente pega tudo
isso e faz um vídeo de oito, dez minutos e mostra para os jogadores com as
ações de cada atleta e você acaba trabalhando em hipótese, você não tem certeza
do que o treinador vai fazer, se ele vai escalar A ou B, então você tenta
cercar de todos os lados e possibilidades que o adversário tem”, completou Wagner. 

No histórico dos confrontos, a vantagem é do
Vila Nova que conseguiu 94 vitórias, contra 92 do Atlético Goianiense e outros
86 empates completam a lista de 272 jogos. No primeiro turno, jogando no
Antonio Accioly, o rubro-negro venceu o colorado por 2 a 0, com gols de Mike e
Gilvan. 

FICHA TÉCNICA

Vila Nova x Atlético

Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia-GO
Data: 11 de outubro, 2019
Horário: 19h15 (horário de Brasília)

Árbitro:
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/Minas Gerais)

Assistentes: Guilherme Dias Camilo
(Fifa/Minas Gerais) e Celso Luiz da Silva (Minas Gerais).

Vila Nova: Rafael Santos;
Jeferson, Wesley Matos, Patrick Marcelino e Gastón; Edinho, Tinga, Ramon e Alan
Mineiro; Diego Rosa e Bruno Mezenga. Técnico: Rafael Toledo.

Atlético Goianiense:
Kozlinski; Jonathan, Gilvan, Oliveira e Nicolas; André Castro (Nathan), Moacir
(Matheus) e Jorginho; Reginaldo, Mike e Aylon (Rodrigo Rodrigues). Técnico:
Wagner Lopes.