Flamengo sofre, mas vence o Al Hilal e avança para a decisão do Mundial

Pela semifinal da competição, rubro-negro sai atrás, se reabilita na segunda etapa e agora aguarda o vencedor de Liverpool x Monterrey - Foto: Fifa

Postado em: 17-12-2019 às 16h40
Por: Luiz Felipe
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Pela semifinal da competição, rubro-negro sai atrás, se reabilita na segunda etapa e agora aguarda o vencedor de Liverpool x Monterrey - Foto: Fifa

Luiz Felipe Mendes

Pela semifinal do Mundial de
Clubes, o Flamengo teve um páreo duro contra o Al Hilal, saiu para o intervalo
com desvantagem no placar, mas fez um grande segundo tempo e virou para 3 a 1,
sacramentando um espaço na grande decisão. Os gols brasileiros foram marcados
por Arrascaeta, Bruno Henrique e Al-Bulayhi (contra), enquanto os árabes anotaram
com Al-Dawsari.

O jogo

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Nas arquibancadas, a torcida
rubro-negra fazia a sua parte. Sob gritos de “vai para cima deles, Mengo”, a
equipe brasileira tentava responder no campo. Quando os árabes tocavam na bola,
só se ouvia vaias em Doha. Na marca dos seis minutos, contudo, o Al Hilal
mostrou que pode ser perigoso e fez o estádio respirar fundo em uma sequência
de três escanteios fechados, que ameaçaram a defesa flamenguista.

Aos poucos, os árabes foram
se sentindo mais à vontade, chegando próximos da área inclusive em jogadas
ensaiadas. Os sul-americanos, por outro lado, não conseguiam encaixar sua
proposta de jogo nos minutos iniciais. Como o futebol não segue regras, o
Flamengo quase abriu o placar com Gerson, que pegou rebote em lance no qual o
goleiro Al-Muaiouf saiu mal. No minuto seguinte, aos 15, o Al Hilal deu o troco
e Al-Dawsari exigiu grande defesa de Diego Alves. No rebote, Gomis chegou
livre, mas chutou para fora.

A equipe do Oriente Médio
demonstrava ser muito bem treinada. Isso já estava claro, ficou ainda mais
quando Al-Dawsari fez 1 a 0 em uma ação de muita qualidade. Giovinco passou
para Al-Burayak, o qual avançou pelo lado e tocou para o meio. O meio-campista
do Al Hilal teve liberdade para completar para as redes – a redonda ainda
desviou em Marí.

Os cariocas pareceram
acordar e equilibraram o duelo. Aos 29 minutos, Bruno Henrique entrou na área
com muita velocidade e quase conseguiu finalizar, mas foi travado no momento
crucial. O embate de fato ficou mais acirrado, mas as chances de perigo
diminuíram e os dois times saíram para o intervalo em situações opostas.

No
segundo tempo, o cenário mudou. Logo na terceira volta do relógio, o Flamengo
voltou a ser o Flamengo campeão do Brasileirão e da Libertadores e tratou de
igualar a peleja. Gabriel deixou para Bruno Henrique, que deu uma assistência
açucarada para Arrascaeta completar livre para o gol. A partida virou de cabeça
para baixo. Apesar do equilíbrio, os brasileiros demonstravam mais
tranquilidade e a virada começou a amadurecer, com o meia Diego surgindo como
peça-chave, assim como diante do River Plate. Ele iniciou a jogada aos 32, e
Rafinha mandou na cabeça de Bruno Henrique, que não perdoou.

O Al Hilal tentou se lançar
ao ataque para reverter o quadro. Na realidade, foi o Flamengo quem terminou de
“matar” o jogo. Diego novamente iniciou a jogada, tocou para Bruno Henrique. O
atacante tentou encontrar Gabigol na área, mas Al-Bulayhi chegou primeiro. O
problema é que ele marcou contra, e os cariocas aplicaram 3 a 1. Dali para
frente, restou cozinhar o duelo e manter o resultado. Agora, o time pega na
final o vencedor de Liverpool x Monterrey, marcado para hoje às 14h30.

Ficha técnica

Jogo: Flamengo 3×1 Al Hilal
(Arábia Saudita). Local: Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar).
Árbitro: Ismail Elfath (Estados Unidos). Assistentes: Kyle Atkins (Estados
Unidos) e Corey Parker (Estados Unidos).

Flamengo: Diego Alves;
Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo Caio e Filipe Luís; William Arão, Gerson (Diego) e
Arrascaeta (Piris da Motta); Everton Ribeiro, Bruno Henrique (Vitinho) e Gabriel. Técnico: Jorge
Jesus.

Al Hilal: Al-Muaiouf;
Al-Burayk, Jang Hyun-Soo, Al-Bulayhi e Al-Shahrani; Cuéllar, Carrillo, Carlos
Eduardo, Al-Dawsari (Al-Abid) e Giovinco (Khrbin); Gomis (Otayf). Técnico: Razvan Lucescu.

Gols: Al-Dawsari, aos 17’ do
1ºT. Arrascaeta, aos 3’ do 2ºT. Bruno Henrique, aos 32’ do 2ºT. Al-Bulayhi
(contra), aos 36’ do 2ºT. Expulsão: Carrillo, aos 37’ do 2ºT. Público: 21.588
torcedores.

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