Adson quer Atlético “intenso” e critica treinadores brasileiros, mas não quer sul-americanos

Presidente do rubro-negro goiano rebateu treinadores e citou características de Cristóvão que não o agradou - Foto: Paulo Marcos/ACG

Postado em: 26-02-2020 às 17h45
Por: Raphael Bezerra
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Presidente do rubro-negro goiano rebateu treinadores e citou características de Cristóvão que não o agradou - Foto: Paulo Marcos/ACG

Felipe André

A demissão de Cristóvão Borges repercutiu nacionalmente e
levantou questões sobre o motivo, para que o comandante que só havia perdido um
jogo fosse demitido. O presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, tratou
de explicar os motivos que levaram a tomar essa decisão e apesar de não querer
expor o antigo treinador do rubro-negro goiano, Adson deixou claro algumas de
suas insatisfações.

“Só se conhece o profissional no dia a dia. Ele tem um
perfil totalmente ao contrário do que nós implantamos. É um cara tranquilo, que
não tem cobrança firme, não é de pegar jogador a todo o momento e buscando o
máximo dele, ele é mais ‘light’. É o perfil dele e eu enxergo diferente e é um
direito meu, eu já joguei futebol e já vivi. Não sou perfeito, mas faz essa
somatória do tempo em que estou aqui, o Atlético mudou de patamar, é um outro
clube. Eu não sou centralizador, não sou ditador e eu não quero pagar nada para
ver. Tive uma conversa tranquila com o Cristovão e coloquei honestamente o que
eu acredito e o que eu quero para o clube que é uma intensidade em todos os
sentidos, o Atlético estava muito frio, preciso de um profissional que tira o
máximo e não é um ‘deixa a vida me levar, vida leva eu’. Não estou criticando
ele, ele trabalhou em muitos grandes clubes, o menor foi o Atlético, só que
temos uma filosofia diferente”, explicou Adson Batista.

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A busca por um novo treinador volta a estaca zero. Enquanto
Eduardo Souza voltou a comandar os treinos, o membro da comissão fixa do Atlético
não tem aspiração a se tornar treinador fixo e com isso um novo nome será
contratado. Adson tratou de criticar o nível de formação dos treinadores, mas
descartou contratar um sul-americano, que de acordo com o dirigente “precisaria
de muito tempo”.

“Não é discurso [calma para outro treinador], é
falta de profissionais qualificados. Muita gente fala sobre os dirigentes, mas quem
tem que ser muito qualificado são os treinadores e a qualificação com os
treinadores brasileiros é falha. Tem muitos bons treinadores, mas falta muita
coisa, precisamos evoluir demais. Humildemente estou falando isso aqui, é um
conceito que eu tenho pois convivi com vários treinadores. Colocam os
treinadores como vítimas sempre e os clubes têm que pagar a conta, ser
rebaixado e fica a bomba para a gente administrar. Não vou, na minha gestão, endividar
o Atlético”, completou Adson.

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