Seis clubes da Série A do Brasileirão estão com dívidas pendentes na Fifa

O Sport é o time com a situação mais delicada no momento, envolvendo o pagamento pelo atacante André - Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Postado em: 07-05-2020 às 16h30
Por: Luiz Felipe
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O Sport é o time com a situação mais delicada no momento, envolvendo o pagamento pelo atacante André - Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Luiz Felipe Mendes

Entra e sai temporada, não é
nem um pouco surpreendente quando estouram notícias com informações de que
clubes do futebol nacional estão seriamente endividados. Os casos pioram ainda
mais quando passam a envolver a Fifa, pois as consequências costumam ser graves
se os acordos não forem cumpridos. Neste ano, algumas equipes do Brasileirão
tentam contornar os problemas, os quais podem desembocar em pesadas sanções e
até mesmo perda de pontos e rebaixamento.

Quando uma dívida se torna
grande o suficiente, ela vai parar na entidade máxima do futebol mundial. Não
são todos os entraves financeiros que passam pelas mãos da Fifa, mas no caso
daqueles que chegam, as opções se bifurcam em duas possíveis trajetórias: o
Comitê de Status do Jogador (PSC) e o Comitê de Resolução de Disputas (DRC). No
PSC, estão inseridas as disputas entre clubes e treinadores em dimensão
internacional, relacionadas às questões trabalhistas, e clubes que pertencem a
diferentes associações sem enquadramentos em outros casos. Já no DRC, ficam
basicamente as brigas entre clubes e jogadores por questões de contrato ou
elementos trabalhistas, e o “mecanismo de solidariedade”.

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Atualmente, seis times estão
com dívidas na Fifa. O dono da situação mais grave é o Sport Recife, que deve
R$ 5,5 milhões ao Sporting de Portugal por causa da compra do atacante André em
janeiro de 2017. Quando a dívida chegou à Fifa, a organização deu um prazo de
45 dias para que os brasileiros pagassem. Este período se encerrou e a Fifa
prorrogou por mais 30 dias com aplicação de uma multa. Mesmo diante da pandemia
da Covid-19, o prazo segue rolando.

Até o presente momento, o
Sport ainda não concluiu o pagamento da dívida. Se o panorama persistir, os
pernambucanos serão proibidos de transferir jogadores por um máximo de três janelas,
e, com a persistência da dívida, a equipe pode perder pontos nos campeonatos
nacionais e até mesmo ser rebaixada, se a situação atingir um pico ainda mais
grave.

O Sport não é o único. Apesar
de uma situação financeira relativamente confortável, o Palmeiras tem uma dívida
no valor de 3 milhões de dólares acerca da compra do atacante colombiano Borja
junto ao Atlético Nacional. Os paulistas têm uma interpretação diferente do
caso e vão recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Ainda no mesmo estado, o
Santos tem discussões envolvendo falta de pagamentos e contratos. A principal
delas é sobre o zagueiro Cléber Reis com o Hamburgo da Alemanha, a qual
resultou na proibição do Peixe em contratar reforços.

Para completar a lista, o Fluminense foi condenado em cerca de R$ 16,8
milhões pelas compras de Sornoza e Orejuela a partir do Independiente Del
Valle, do Equador. Em Minas Gerais, o Atlético tem uma dívida com a Udinese, da
Itália, pelo lateral esquerdo Douglas Santos, e o Cruzeiro está atolado de
ações, totalizando R$ 81 milhões. Até o fim do mês, a Raposa precisa pagar um
montante de R$ 26 milhões, sem adiamento de prazos. Se não pagar, pode mergulhar
em um cenário parecido com o do Sport, mas ainda pior.

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