Atlético não demonstra interesse em empréstimo da CBF

Adson Batista não se empolgou com a possibilidade de participar da linha de crédito da CBF com a Rede Globo - Foto: Paulo Marcos/ACG

Postado em: 10-06-2020 às 11h10
Por: Raphael Bezerra
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Adson Batista não se empolgou com a possibilidade de participar da linha de crédito da CBF com a Rede Globo - Foto: Paulo Marcos/ACG

Felipe André

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou uma
linha de crédito especial para os clubes da primeira e segunda divisão, a juros
zero. Para a primeira divisão será disponibilizado R$ 100 milhões que será
dividido para as 20 equipes, caso eles demonstrem interesse, e R$ 15 milhões
para a Série B. Os recursos serão concedidos tendo como garantia os valores a
receber pelos clubes referentes aos contratos de direitos de transmissão das
competições que disputam e prêmios por desempenho nesses campeonatos. Os
valores sairão integralmente do caixa da CBF, de forma imediata.

Apesar da possibilidade de ter esse dinheiro em mãos e de
maneira imediata, o Atlético Goianiense não demonstrou interesse. O presidente
da equipe rubro-negra goiana, Adson Batista, não se empolgou com essa
possibilidade, pois mesmo sem juros, o valor terá que ser devolvido a federação
em algum momento.

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“É um adiantamento do contrato com a Globo, então não
adianta pegar esse dinheiro, pois amanhã ou depois vai precisar pagar, quando
voltar o campeonato. Não é um negócio pensando no futuro, a CBF quer que pegue
carta de crédito com a Globo”, ressaltou Adson Batista, presidente do Atlético
Goianiense.

O adiantamento é uma forma de compensar parte da perda de
arrecadação que os clubes tiveram com a redução dos valores pagos por direitos
de transmissão no trimestre que vai de abril a junho, além de outras fontes de
receita, como bilheteria, programa de sócio de torcedor e patrocínios.

“A CBF sabe que os clubes são a base de toda a
indústria do futebol e que eles têm sofrido grandes impactos com a paralisação
das competições provocada pela epidemia de Covid-19”, diz o presidente da
entidade, Rogério Caboclo. “Por isso, temos procurado todas as formas de apoiar
os clubes nesse momento difícil”, completa. “Não basta que voltem as
competições. Precisamos de clubes capazes de retornar a elas de forma
competente”, conclui Caboclo.  

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