Gilberto Júnior fala de ansiedade por volta do futebol: “Estou com tanta saudade”

Victor Pimenta

O início do Campeonato Brasileiro
já tem uma projeção de quando se inicia. A direção da CBF e os dirigentes dos
clubes das Série A e B se reuniram nesta quinta-feira para discutir o tema e o
acordado foi o início nos dias 8 e 9 de agosto. As 38 rodadas serão mantidas e
o campeonato deve terminar somente em fevereiro.

Porém, pode ser que vários clubes
mandem seus jogos muito longe de seus próprios estádios. Caso os órgãos de
saúde dos estados não liberem a volta das atividades físicas, nelas inclusas o
futebol, o Goiás buscará outro local para a realização das partidas.

“Estou com tanta saudade do
futebol, que independente da cidade que a gente vá jogar vai ser super
bem-vindo. Até porque é um momento de ter consciência por tudo que estamos
vivendo e se for para jogar em qualquer outro estado e em qualquer outra
cidade, vamos ter que abraçar e dar nosso melhor”, disse o volante Gilberto
Júnior.

Se a volta do futebol é quase
certa, não podemos dizer o mesmo da torcida nos estádios. Caso a Série A
retorne, o Goiás ficará um bom tempo sem poder ver o torcedor cantando nas
arquibancadas. A tendência que conforme for diminuindo os casos, vão liberando gradualmente
o torcedor, que até lá terá que torcer de casa para o verdão.

“Confesso para você que jogar sem
a torcida é chato. Aquele negócio meio que vago, mas infelizmente é o que temos
para o momento. Temos que ter total consciência do que estamos vivendo,
acredito eu que a torcida esteja com bastante saudade, assim como nós. Estamos
com saudades de ver o estádio cheio e a torcida esmeraldina é sem palavras, mas
enfim, vamos esperar aí o tempo que for preciso para que a torcida volte a
lotar os estádios e trazer alegria”, ressaltou o volante.

Para a realização das partidas,
existe um protocolo sanitário rígido que mínima o risco de contágio entre os
jogadores, comissão técnica e outras pessoas que trabalham em dia de jogo. Os
riscos não são totalmente zerados, uma vez que o futebol é esporte de contato. No
protocolo também tem a utilização de máscaras para quem não está em campo,
proibição do aperto de mãos no pré-jogo e abraços nas comemorações de gols. O
volante sabe que quando o juiz apita, algumas dessas regras ficam só fora das
quatro linhas.

“Eu particularmente e assim como
todos os jogadores. Quando entramos ali nas quatro linhas e é valendo três
pontos a mentalidade muda. Sei que estamos vivendo um momento muito difícil
mesmo, mas é nossa profissão e quando estamos dentro das quatro linhas, o bicho
pega e a gente acaba esquecendo de tudo”, falou o jogador esmeraldino.

O Goiás para o Campeonato
Brasileiro perdeu um importante jogador. O volante Léo Sena foi vendido para o
Atlético Mineiro e segundo a diretoria esmeraldina, não buscará reforços para
suprir a saída do atleta e jogará com o que tem no elenco. O volante Gilberto
falou das qualidades do ex-companheiro, se dispôs a jogar na função, mas deixa
para o Ney Franco decidir quem irá a campo.

“Falar do Sena (Léo) é meio que
difícil. Até porque é um jogador que tem uma qualidade única e eu sempre falo
para ele que se ele quiser e colocar na cabeça dele e se ele focar, com certeza
vai chegar à Seleção, vai chegar à Barcelona, Real Madrid porque a qualidade
dele é insubstituível. Mas se for preciso, eu jogo sim, porém hoje mesmo minha
posição é de primeiro volante, enfim, o Ney Franco é um treinador superinteligente
e sabe lidar com o grupo. Acredito eu que ele vai achar uma formação para que
nossa equipe venha jogar de uma maneira bacana”, concluiu Gilberto.