Vila Nova está a quatro minutos de quebrar recorde defensivo

Breno Modesto

Sem sofrer gols desde o dia 22 de agosto, quando foi
derrotado pelo Ferroviário, por 4 a 0, fora de casa, o Vila Nova está próximo
de atingir uma importante marca defensiva. Desde o quarto gol marcado pela
equipe cearense, já se passaram 483 minutos sem que a meta do goleiro Fabrício
seja vazada. Para deter o recorde de defesa mais sólida da temporada de 2020 do
futebol brasileiro, que pertence à Chapecoense, onde o arqueiro João Ricardo
ficou 487 sem levar um gol, o Colorado terá de suportar mais quatro minutos sem
ser vazado para atingir o feito.

Peça importante do sistema defensivo do técnico
Bolívar, o lateral-esquerdo Mário Henrique comemora a solidez da defesa
vilanovense. “É uma marca boa e muito especial. Desde que eu cheguei aqui,
sempre quis alcançar essas metas e isso é muito importante, não só para mim,
mas para o setor defensivo. Ficamos felizes pela marca e esperamos alcançar
grandes coisas aqui”.

Mário Henrique atribuiu a boa fase do sistema
defensivo à entrega de seus companheiros, principalmente os do ataque, que tem ajudado
na marcação tanto quantos os defensores. “A boa fase do setor defensivo é por
conta do time todo. Nosso ataque marca bastante, para ver como estamos bem
equilibrados. Para se ter noção do quanto nosso time está equilibrado, o
pessoal do ataque tem mais cartão do que nós, do setor defensivo. Então, não é
só a parte defensiva. É a equipe toda, que vem se dedicando na marcação  e dando esse bom resultado”.

Na próxima segunda-feira (5), o Tigre enfrentará, em
Pituaçu, a equipe da Jacuipense, no fechamento do primeiro turno da Série C. Na
visão de Mário Henrique, será mais uma partida difícil, onde, para conquistar o
resultado positivo, os comandados do técnico Bolívar terão de fazer um grande
jogo.

“Não tem jogo fácil na Série C. E esse vai ser mais
um jogo difícil. Acompanhei a equipe da Jacuipense no jogo diante do Santa Cruz
e sei que a equipe deles é muito boa e muito qualificada. E, por a Série C ser
muito igual, com jogos muito disputados, nós precisaremos fazer um grande jogo
na Bahia para sair de lá com os três pontos. Não acho que tem favoritismo para
o jogo. A Série C é muito igual. Vamos jogar para ganhar, mas creio que não há
um favorito”.

Ainda sem vencer como
visitante na Terceirona, Mário Henrique vê com bons olhos as últimas atuações
do time, mas pede mais capricho aos companheiros na hora da finalização, pois,
para ele, é o que está fazendo com que as vitórias não venham. “Está faltando
um pouco de capricho ali na frente. Temos de aproveitar as oportunidades que
estão sendo criadas e ser decisivo para poder fazer o gol. Temos de fazer a
mesma coisa que estamos fazendo. Tenho certeza de que a bola irá entrar. Neste
último jogo, contra o Treze, ela não entrou, mas temos de manter o que estamos
fazendo”.