Marcelo Cabo tem terceira experiência na Série A e tenta melhorar antigos desempenhos

Marcelo Cabo comandando treino em 2017, durante a primeira passagem pelo Atlético Goianiense - Foto: Comunicação/ACG

Postado em: 11-11-2020 às 10h45
Por: Raphael Bezerra
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Marcelo Cabo comandando treino em 2017, durante a primeira passagem pelo Atlético Goianiense - Foto: Comunicação/ACG

Felipe André

Foram 29 dias desde a saída de Vagner Mancini, mas o Atlético Goianiense possui um novo treinador. Marcelo Cabo foi oficializado pelo clube através das redes sociais e dá início a sua segunda passagem a frente da equipe rubro-negra, a primeira aconteceu entre 2016 e 2017 quando conquistou o título inédito da segunda divisão para os goianos. O treinador ainda não comandou a primeira atividade. Ele realizou exame do Covid-19 e está respeitando o protocolo de chegada, antes de começar a comandar a equipe. O vínculo que vai até dezembro de 2021.

Marcelo Cabo esteve por último no CRB, onde ficou por mais de um ano a frente da equipe alagoana, dirigindo em 53 partidas oficiais. O treinador deixa o clube na 10ª posição, com 26 pontos conquistados, oito atrás do Juventude a primeira equipe dentro do G4. Agora o comandante tem um novo desafio: manter o Atlético Goianiense na primeira divisão.

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As duas experiências que teve na primeira divisão não foram proveitosas por parte de Marcelo Cabo. A primeira oportunidade surgiu justamente no Atlético Goianiense, após ser campeão da Série B em 2016 com 76 pontos, dez a mais que o segundo colocado Avaí. O treinador teve o contrato renovado e começou 2017 com uma vaga garantida nas oitavas de final da Copa do Brasil, devido o título da segunda divisão.

O treinador então teve a chance de montar o elenco para o Campeonato Goiano, que só receberia “grandes reforços” para a Série A. Marcelo Cabo então viu Matheus Ribeiro e Romário, laterais titulares assinando com o Santos, Marllon, zagueiro importante, deixando o clube para ir para a Ponte Preta, o volante Michel indo para o Grêmio. O experiente Pedro Bambu foi para o rival Goiás e Magno Cruz partiu para a Jeju United, da Coreia do Sul, além de Gilsinho para o Avispa Fukuoka, do Japão. Citando apenas os titulares.

Com a verba reduzida para o estadual, Marcelo Cabo e a diretoria fizeram apostas em jogadores para serem “testados”. Caso aprovados, continuariam na equipe para a primeira divisão. Entre os atletas que estrearam sendo derrotados pelo Vila Nova no Goianão e atuaram no revés para o Coritiba na primeira partida da Série A, apenas cinco nomes foram mantidos: Klever, Bruno Pacheco, Ricardo Silva, Roger Carvalho e Jorginho.

Os outros seis nomes que estrearam na primeira divisão sob o comando de Marcelo Cabo foram contratados após a eliminação do Campeonato Goiano, na semifinal para o Goiás. O lateral Eduardo, os volantes Marcão e Igor, além dos atacantes Everaldo, Walterson e Walter, esse último chegando do Goiás após agredir o goleiro reserva da equipe titular. Com todas as mudanças, o cenário não foi positivo.

Apesar de iniciar a Copa do Brasil já nas oitavas de final, esse foi o mais longe que o Atlético Goianiense chegou naquele ano. O clube foi sorteado contra o Flamengo e acabou sendo eliminado. Pelo Campeonato Brasileiro foram quatro derrotas nas quatro primeiras partidas: Coritiba, Flamengo, Corinthians e Bahia, o que acarretou na demissão de Marcelo Cabo.

O treinador acumulou passagens sem grandes resultados por Figueirense, Guarani e Resende. Em 2018 então assumiu o CSA na Série B e conquistou uma vaga na primeira divisão do ano seguinte, ficando em segundo lugar, atrás apenas do campeão Fortaleza. Na Série A entretanto comandou a equipe até a nona rodada, onde acumulou cinco derrotas, três empates e uma vitória. Cabo foi demitido após perder em um amistoso contra o Sport.

Ainda em 2019, Marcelo Cabo retornou a Goiânia onde dirigiu o Vila Nova. Assumiu a equipe próximo a zona do rebaixamento e chegou a falar em acesso quando foi apresentado, mas não conseguiu fazer um bom trabalho em meio a todos os problemas que o Tigre apresentou e acabou deixando o clube. Foi aí então que assinou com o CRB, onde permaneceu até retornar ao Atlético Goianiense.

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