Figueira revela que avisou a companheiro que ia chutar caso passassem a bola para ele

Victor Pimenta

O Goiás precisou de onze jogos
para voltar a vencer no Brasileiro da Série A e dar um pingo de esperança ao
time e ao torcedor, já que com a vitória sobre o Palmeiras e seus adversários
tropeçando na rodada, a vantagem para o primeiro fora da zona de rebaixamento
diminui para nove pontos.

Se na última vez que o Goiás
venceu uma partida, foi dois meses atrás, quando bateu o Internacional, líder
na ocasião por 1 a 0 com gol anotado por Vinicius Lopes, neste sábado, mais um
garoto proveniente da base esmeraldina voltou a decidir e o gol salvador veio
dos pés de Miguel Figueira, no último lance do jogo.

“Eu já tinha falado com o Keko
que eu queria pegar uma bola daquele jeito que foi para eu finalizar, porque
ele tinha recebido uma bola antes e cruzou. Eu vi que estávamos cruzando mal e
a zaga deles estavam tirando. Disse para ele que na próxima que tivesse, porque
eu saberia que teria uma próxima, quando vi que o Alyson estava com a bola e eu
falei para ele para tocar que eu ia chutar. Ele tocou e olhei que o Wéverton
estava no meio do gol e fechei o olho para chutar, porque o jogo estava
acabando e graças a Deus eu fui feliz e consegui fazer aquele belo gol”, disse
Figueira lembrando de como foi a jogada do gol que deu a vitória a equipe
esmeraldina.

Com Augusto César e Gláuber Ramos
no comando esmeraldino, podemos esperar não somente a subida dos atletas da
base para o profissional, mas com as revelações esmeraldinas em campo. Foi
assim nesse primeiro jogo pós-Enderson. Os treinadores colocaram Taylon na
lateral-direita para fazer sua estreia e ainda tiveram de titulares outras três
revelações esmeraldinas, como o volante Breno, o zagueiro David Duarte e o
lateral-esquerdo Jefferson. Esses dois últimos no time principal há mais tempo.
No decorrer da partida ainda entraram Rodrigues, Alyson e Figueira, autor do
gol e que falou sobre sua atuação diante do Palmeiras e que sabe que depende da
comissão para seguir sendo titular no clube.

“Eu penso que as coisas acontecem
naturalmente e não adianta a gente querer forçar as coisas. Eu deixo com o Augusto,
ele quem é o treinador, ele quem decide. Se ele quiser me colocar de titular eu
estou pronto, mas essa parte é com ele. Eu procuro trabalhar firme dia-a-dia
para mostrar o que eu posso para ajudar a equipe”, ressaltou o volante.

O volante aproveita o bom momento
e a repercussão positiva após o gol marcado e a vitória sobre o Palmeiras, mas
que no começo do ano, um erro contra o Sol de América foi motivo para crucifica-lo
até mesmo o antigo treinador o colocando de lado e afastado dos demais atletas.
O jogador de muita qualidade superou o momento na carreira para dar a volta por
cima e voltar a brigar por uma vaga no time titular buscando ajudar o Goiás a
escapar do rebaixamento.