Planejamento por água a baixo em ano conturbado reflete o desempenho em campo do Goiás

Sul-Americana era o foco do Goiás no ano, mas caiu ainda na primeira fase para o Sol de América – Twitter Sol de América

Postado em: 31-12-2020 às 18h00
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Planejamento por água a baixo em ano conturbado reflete o desempenho em campo do Goiás
Sul-Americana era o foco do Goiás no ano, mas caiu ainda na primeira fase para o Sol de América – Twitter Sol de América

Victor Pimenta

Um final de ano conturbado no
Goiás, só mostrou o que foi o clube no decorrer da temporada. A desorganização
que tomou conta desde o início de 2020, com contratações caras, eliminações
importantes, troca de comandantes e por fim eleição do novo presidente refletiu
em campo os maus resultados.

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Após um ano de reabilitação na
Série A e sobrevivência em mais um ano na elite nacional, o Goiás começou 2020
com uma perda significante em seu elenco e então a mais cara da história,
vendendo Michael ao Flamengo pelo valor de 7,5 milhões de euros (ou quase 34
milhões de reais). Além do atacante, Barcia, Yago Felipe também deixaram o
clube no início do ano, após o fim de seus empréstimos.

Com isso, treze jogadores
chegaram ao clube esmeraldino que teria no primeiro semestre o estadual e
Sul-Americana para a disputa, além da Copa do Brasil. No Goianão, os reforços
que ainda não tinham o entrosamento necessário se saíram bem e até a quinta
rodada nenhuma derrota. Foi aí que o ano começou a desandar. Primeira partida
na competição internacional, derrota no Paraguai para o Sol de América por 1 a
0 e na sequência, goleada sofrida para o Atlético Goianiense que venceu por 3 a
0. Uma goleada sobre a Anapolina motivou o elenco, mas o que aconteceu no
Olímpico fez com que a diretoria repensasse sobre o planejamento. Outra derrota
para os paraguaios, dessa vez em casa pelo mesmo placar da ida e eliminação
ainda na primeira fase.

O empate no clássico diante do
Vila Nova foi um alerta vermelho, que teria depois o Santo André pela frente na
Copa do Brasil. Um dia antes, Ney Franco foi o centro das atenções após uma
entrevista coletiva curta e direta que não durou dois minutos. A vitória fora
de casa sobre o líder do Paulistão na época deu o clube a confiança novamente e
de lá, mais uma vitória no goiano e outro resultado importante, vitória sobre o
Vasco também fora de casa, pela Copa do Brasil, antes de vencer a Aparecidense
no último jogo antes da paralisação do futebol por conta do covid-19.

A paralisação do futebol afetou
vários clubes financeiramente e o Goiás não foi diferente. O clube que esperava
entregar a Serrinha durante o Brasileirão, teve que paralisar as obras pela
receita que diminuiu por conta do corte dos patrocínios. Com isso, mais uma
polêmica apareceu nos bastidores do Goiás, a redução salarial. Jogadores que
não estavam jogando e treinando em casa para não perder o ritmo, não acharam
justo reduzir o salário. Jogadores que ganhavam superior a cem mil reais
chegaram a ter uma conversa com a diretoria, mas nada foi acertado até então e
o clube arcou com as despesas até nova negociação.

A volta do Brasileirão então para
o Goiás aconteceria em uma partida diante do São Paulo, em casa e sem público,
mas o clube que realizava testes do covid-19 toda semana, fez o último dois
dias antes, mas a CBF pediu para que realizassem em outra clínica diferente da
que o clube esmeraldino estava fazendo. Os resultados que chegariam sábado, só
apareceram menos de dez horas antes da estreia, com mais de dez jogadores
infectados. Os jogadores do tricolor estavam já no campo, quando o clube
conseguiu uma liminar para adiar o jogo.

Após isso, dois jogos fora de
casa e com um time alternativo, por conta do isolamento dos demais testados
como positivo. Derrota para o Athletico Paranaense e empate contra o Palmeiras.
A estreia em casa então veio contra o Fortaleza e a derrota por 3 a 1 culminou
na demissão de Ney Franco e de Túlio Lustosa, diretor de futebol. Sem treinador
e com o time de volta, um clássico pela frente contra o Atlético Goianiense. O
rubro-negro estava embalado, enquanto o Goiás estava na zona de rebaixamento.
Augusto e Gláuber assumiram pela primeira vez o clube e vitória por 2 a 0 na
Serrinha.

O Goiás então anunciou Thiago
Larghi como treinador que contou com a ajuda da torcida para escolher o
comandante esmeraldino. Seu começo não foi dos melhores e ele que teve pouco
tempo para treinar e conhecer o elenco embalou três derrotas seguidas, sendo a
primeira, a eliminação para o Vasco, em casa, pela Copa do Brasil. O treinador
ainda teve uma vitória importante sobre o líder Internacional na ocasião, mas o
empate diante do Ceará fez com que culminasse sua demissão. Em menos de 24
horas, anunciando então Enderson Moreira como o seu substituto.

Enderson Moreira chegou então
para sua terceira passagem e a pior da história do clube também. Dez jogos no
comando e nenhuma vitória, tendo somado três pontos com o Goiás distante dos
demais na lanterna da Série A. Bateu na tecla da evolução, mas não evoluiu em nada.

Augusto César e Gláuber
retornaram com a promessa da diretoria seguir com eles até o final da temporada
2020. Estreia com vitória sobre o Palmeiras deu um pingo de esperança e o clube
atualmente vira o ano estando em 18º lugar e próximo de seus concorrentes na
briga para escapar do rebaixamento.

 

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