Espaço cultural goiano comemora cinco anos de apoio as várias expressões artísticas com show do rapper BNegão

O Lowbrow Lab Arte & Boteco também apresenta a exposição ‘ROGO Em Obras’, que apresenta 45 trabalhos do artista plástico Ronan Gonçalves

Postado em: 21-10-2021 às 09h01
Por: Redação
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O Lowbrow Lab Arte & Boteco também apresenta a exposição ‘ROGO Em Obras’, que apresenta 45 trabalhos do artista plástico Ronan Gonçalves. | Foto: Reprodução/Internet

Por Lanna Oliveira (especial para O Hoje)

A cena cultural goiana tem respirado novos ares nos últimos anos. Um dos indicadores dessa revigorada é o surgimento de espaços dedicados a apresentar diversas expressões artísticas. Um dos espaços que movimentam a arte em Goiânia, comemora hoje (21) cinco anos de atividades. O Lowbrow Lab Arte & Boteco conta com o rapper BNegão, o DJ Cecilioui e o artista plástico Ronan Gonçalves para celebrar, além das mais diversas artes, a gastronomia. O espaço também conta com uma minibiblioteca onde seus clientes podem fazer leituras no local.

Para comemorar seus cinco anos de atuação em prol das mais diferentes atividades culturais, o Lowbrow Lab Arte & Boteco traz para Goiânia o rapper BNegão, conhecido mundialmente como MC do Planet Hemp e dos Seletores de Frequência. Uma das maiores referências da música nacional, ele se apresenta nesta quinta-feira (21), a partir das 20h30, após abertura da DJ Cecilioui, com o projeto ‘BNegão Bota Som’, que já passou por cidades como Barcelona, Nova York, Madrid, Lisboa e Paris, entre outras.

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O BNegão teve seu primeiro contato com a música ainda no colégio, e desde então vem construindo sua carreira. Participou de várias bandas ao longo do caminho, mas foi substituindo o rapper Skunk na banda Planet Hemp esporadicamente, e logo ocupando seu lugar após sua morte, que ele ganhou destaque nacional. A banda de rock e rap tronou-se referência, marcou uma geração que precisava gritar sua rebeldia e falar de assuntos que até então eram tabus. Assim, até hoje eles mantêm sua relevância.

O rapper chega à Goiânia com o projeto ‘Bota Som’, termo inventado pelo músico e ativista Marcelo Yuka para designar pessoas que não são DJs, mas que curtem botar um som. Ele desempenha esse papel nas festas desde 1998 e, desde então, vem lotando casas de norte a sul do País com sua discotecagem libertária. Atualmente, seu set é quase todo baseado na atual produção nacional, misturada também com sons atuais da África, Caribe e América do Sul, com as frequências graves sempre comandando na linha de frente.

O Lowbrow Lab Arte & Boteco caiu no gosto dos goianos por trazer uma proposta diferente do que se via por aqui. Em um mesmo ambiente o cliente encontra exposições artísticas, biblioteca, música, gastronomia, saraus, workshops e cursos. A casa possui um boteco de quintal, que prima por, além de uma programação musical qualificada, ser um bar com moldes artísticos, com petiscos na linha comida de boteco gourmet, cervejas especiais, drinks e muito mais. Enfim, o espaço é uma boa pedida para esta quinta-feira.

Exposição de arte

Na noite de comemoração, o Lowbrow Lab Arte & Boteco também apresenta a exposição ‘ROGO Em Obras’, que apresenta 45 trabalhos do artista plástico Ronan Gonçalves. Entre eles, estão pinturas de técnica mista, fotografias feitas em parceria com o fotógrafo Brummel Magalhães e a instalação Magdalena, uma arte suspensa construída a partir de coroas feitas de tecido, linha e arame. O conjunto de ações já passaram por cidades como Jataí (GO), Salvador (BA), Brasília (DF), Campinas (SP), São Paulo (SP), Niterói (RJ), Palmas (TO) e em Buenos Aires, na Argentina.

Nascido em Rio das Flores, no Rio de Janeiro, Ronan Gonçalves da Silva Junior se mudou ainda pequeno para Jataí (GO), onde se dedicou à vida interiorana e aos deslumbres da infância com muita natureza, família, amigos e criatividade. Suas pesquisas artísticas na esfera da pintura em tela, desenho gestual no muralismo, cenografia e performance começaram em 2000, ano em que se mudou para Goiânia. Este trabalho é um reflexo de suas histórias vividas sob sua percepção subjetiva. É uma referência ao instante finito e ao viver o agora, conforme ele revela.

“São obras elaboradas com a participação de outras pessoas, cujos corpos são envolvidos por diferentes materiais. Jovens, idosos, crianças e variados corpos colaboram como suportes vivos recebendo arte e dela fazem parte. Cor, textura, movimento e ritmo num vestuário tropical disfuncional, plástico por natureza, pintura-roupa, movimento visual ou imobilidade corporal. A coletividade imposta na ação torna o espectador parte da execução da obra em uma experiência mútua do espaço. Se comunicar é recriar códigos artísticos”, conta Rogo.

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