Homenagem: espetáculo apresenta a potência de grandes nomes da música instrumental brasileira

Canal Arte1 apresenta ao vivo concerto inédito com Egberto Gismonti e Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, às 19h30

Postado em: 03-02-2022 às 10h01
Por: Lanna Oliveira
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Canal Arte1 apresenta ao vivo concerto inédito com Egberto Gismonti e Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, às 19h30 | Foto: Reprodução

A música instrumental brasileira tem grandes representantes e nesta sexta-feira (4) é homenageada com apresentação dupla. Canal Arte1 apresenta ao vivo concerto inédito com Egberto Gismonti e Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz, às 19h30. Além de ser uma celebração à música, Gismonti aproveita a oportunidade para mostrar ao público as obras que estarão no seu próximo disco. Diretamente do Theatro Municipal do Rio de janeiro, o evento possibilita aos quatro cantos do Brasil conhecer a potência instrumental do País.

O espetáculo abre a primeira edição do FIBRA, festival que acontece de 4 a 6 de fevereiro totalmente dedicado à música instrumental brasileira, com programação ampla: shows, oficinas, workshops, intervenções, jam de forró, mostra de filmes e mesas de debate. Uma série de espaços no Rio de Janeiro e em São Paulo serão tomados pela programação do festival. A curadoria do FIBRA é de Andréa Alves, Alfredo Del-Penho e Marcelo Caldi. Além da transmissão pelo canal Arte 1 na TV, o espectador poderá conferir a apresentação também pelo YouTube da Sarau Agência.

Gismonti é reconhecidamente um dos maiores representantes da música instrumental brasileira, com sólida carreira internacional e mais de 50 álbuns gravados. Nascido na pequena Carmo, cidade no interior do Rio de Janeiro, Egberto Gismonti começou a tocar piano aos 5 anos por influência dos pais e do avô materno. Seu pai, o libanês vendedor de pianos, Camilo Amim, se orgulhava do talento do filho em distinguir notas musicais e não hesitava em utilizá-lo para conquistar mais clientes.

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Fascinado pela mescla de sons e sentidos, ainda muito cedo, passeou por diferentes instrumentos como o violão, o clarinete, a flauta e o piano em seus estudos Conservatório Brasileiro de Música. No final da década de 1960 abdicou de uma bolsa de estudos na Áustria para se dedicar exclusivamente à música popular. Viveu diversas experiências, tais quais influenciaram sua música. Certa vez, ele partiu para o Alto Xingu, onde viveu com os índios Iaualapitis por algumas semanas e lá descobriu densas texturas sonoras. Se afastando de preconceitos, afirma que “só existem dois tipos de música: uma que eu preciso hoje para viver e a outra, que certamente vou precisa amanhã”.

Compositor destacado e reconhecido em todo mundo, sua música já percorreu mais de 50 países. O músico assinou 32 trilhas sonoras para filmes, além dos discos gravados. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro em 2017 e recebeu o status de comendador através da outorga da Ordem do Mérito Cultural em 2005. Enquanto a Orkestra tem como primeira marca a relação com a música brasileira em sua potencialidade rítmica e orquestral. Criada na Bahia pelo já saudoso Letieres Leite (1959-2021), a Rumpilezz vai ao Rio de Janeiro especialmente para reverenciar seu fundador.

Subindo ao palco no primeiro show após a morte de seu maestro e fundador, o grupo Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz atribui à ancestral música baiana uma roupagem harmônica moderna, um novo amálgama sonoro. A Orkestra de percussão e sopros criada em 2006 pelo instrumentista Letieres Leite é repleta de significações, regida pela sensibilidade rítmica e marcada pela influência do improviso. Em formato de Big Band, a Orkestra Rumpilezz tem como base a percussão de matriz africana sob a influência do jazz mundial moderno.

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