Quinta-feira, 28 de março de 2024

Nutricionista explica o que são Probióticos e destaca os benefícios de alimentos ricos em micro-organismos vivos

Probióticos podem ser incorporados a alimentos fermentados e não fermentados, além de comercializados

Postado em: 02-03-2022 às 10h18
Por: Redação
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Probióticos podem ser incorporados a alimentos fermentados e não fermentados, além de comercializados | Foto: Reprodução

Por Elysia Cardoso

Definidos pela OMS – Organização Mundial da Saúde como microrganismos vivos, os probióticos são bactérias, que, quando ingeridas em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde. Ou seja, essas “bactérias do bem” são capazes de melhorar a saúde de nosso organismo, dando aos alimentos uma função além da nutricional.

Há quem se sinta desconfortável ao imaginar que em torno de 100 trilhões de micro-organismos moram em nosso intestino. Porém, quando estão em harmonia, essa comunidade de bactérias nos traz muitos benefícios, desde uma melhor absorção de nutrientes, produção de hormônios, chegando a abarcar até 80% das células imunológicas do corpo.

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De acordo com Cintya Bassi, Supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, estudos apontam que as cepas de probióticos colonizam o intestino, reconhecido como órgão importante para o metabolismo e a imunidade. “O consumo de probióticos deve ser contínuo e, para manter os benefícios, o ideal é que ocorra diariamente, pois eles não sobrevivem por muito tempo no intestino. Além disso, os estudos demonstraram benefícios com o consumo diário de no mínimo 10 UFC por dia, quantidade que é, em geral, alcançada pelos fabricantes”, revela a especialista.

Os probióticos podem ser incorporados a alimentos fermentados e não fermentados, além de comercializados como suplementos em forma de cápsulas, comprimidos e fórmulas líquidas, sendo também muito comuns no leite materno, tão importante para o desenvolvimento dos bebês. Sua suplementação é geralmente prescrita por médicos ou nutricionistas quando há desequilíbrio na flora intestinal. 

Porém, o ideal é que o consumo seja feito através dos alimentos fonte e que faça parte de uma alimentação saudável. “Eles podem ser encontrados nos leites fermentados, como iogurtes, coalhadas, queijos e sobremesas lácteas, que sofrem ação de bactérias, especialmente produtoras de ácido lático, além de Kefir e picles”, sugere a nutricionista.

A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão responsável por regulamentar esse tipo de produto no Brasil e considera probióticos produtos que tenham na composição Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei shirota, Lactobacillus casei variedade rhammosus, Lactobacillus casei variedade defensis, Lactobacillus paracasei, Lactococcus lactis, Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium animalis (B. lactis), Bifidobacterium longum e Enterococcus faecium. Desse modo, checar o rótulo antes da compra é essencial.

Como consumir 

Existem duas formas principais de ingerir probióticos: a primeira é feita através do aumento do consumo de alimentos com probióticos naturais, como o iogurte ou o kefir, por exemplo, e a outra é através do uso de suplementos com probióticos. Um outro exemplo são queijos que também podem possuir cultivos vivos de microrganismos com propriedades probióticas, sendo importante ler a etiqueta nutricional para confirmar a presença das bactérias.

Para manter a flora saudável, aconselha-se o consumo de pelo menos 1 alimento fonte de probióticos por dia, especialmente durante e após o uso de antibióticos, que acabam destruindo a flora intestinal saudável também.

Além dos alimentos, os probióticos também podem ser consumidos na forma de suplementos em cápsulas, líquidos ou sachês, que devem ser diluídos em água ou sucos naturais para serem consumidos. Alguns exemplos são o PB8, Simfort, Simcaps, Kefir Real e Floratil, e podem ser encontrados em farmácias e lojas de produtos nutricionais.

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