Banda Mittus apresenta suas canções autorais e covers de grandes clássicos do ro

Do Sul de Minas Gerais, o vocalista Bruno Maciel espera tocar suas composições, em breve, em Goiânia

Postado em: 12-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Do Sul de Minas Gerais, o vocalista Bruno Maciel espera tocar suas composições, em breve, em Goiânia

Bruna Policena*

A história do rock and roll está repleta de bandas extraordinárias. É rica em figuras excêntricas e com diferencial explícito que, em alguns casos, não estão mais entre nós. Mas, como o que é bom vinga, e o que vinga fica, o som dos excêntricos se eterniza. A partir de então, não se caracterizam apenas como clássicos do rock. Vão além e tornam-se mitos. E estes mitos são revividos através dos riffs, dos timbres e da musicalidade que só os amantes do bom e velho rock’nroll têm. É o que acontece quando a banda Mittus entra em cena.

A Mittus é composta atualmente pelo idealizador do projeto, vocalista e compositor, Bruno Maciel, e os integrantes Eduardo Bocci (guitarra), Leonardo Gighiarelli (guitarra), Vinicius Camargos (bateria) e Mark Vitão (baixo). A banda originalmente mineira faz shows pelo País apresentando seus trabalhos autorais e fazendo covers de artistas e músicas que marcaram épocas. Dentro do rock and roll, já lançaram o segundo vídeo clipe, no mês passado, e um novo CD já está praticamente pronto. Em meio a dificuldades, gravadora independente, sem uma banda fixa, Bruno explica que nada o abalou. “Já sabia exatamente o que eu queria do meu som dentro da minha cabeça! Mantive a banda na estrada tocando covers até hoje, mas sempre com a intenção do autoral em mente”, revela o músico.

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Com repertório repleto de clássicos, a Mittus revive os melhores momentos das décadas de 1960, 70, 80 e 90 quando o rock ainda lotava os salões de festas. A banda é responsável por uma mistura de nostalgia e boas lembranças do passado. Desde Elvis Presley, Deep Purple, Pink Floyd, Aerosmith, Bon Jovi, Peter Framptom, Van Halen a Ramones, Led Zeppelin, Guns N’ Roses. Tudo isso sem deixar de lado os melhores do som pesado, nas letras de Metallica, Iron Maiden, System of Down, Rage Against theMachine, Alice in Chains, e sem deixar de valorizar também o que há de melhor no cenário atual do rock, nos sons de Pearl Jam, U2, Kings of Leon, The Killers, Kaiser Chiefs, Audioslave, Nickelback, Oasis, Him e Red Hot, por exemplo.

Carreira

A banda já se apresentou em várias cidades, mas os músicos ainda não tiveram a oportunidade de tocar em Goiânia. E, como a cidade tem um cenário musical muito forte, conquistar o público goiano é uma meta. “Após enviar uma música demo para o Midas Estúdios em São Paulo (Rick Bonadio), o produtor GiuDaga demonstrou interesse por uma música minha, ofereceu uma produção, e eu corri atrás da grana para produzir, com eles, através de patrocínios: muitos amigos, empresas e casas onde eu tocava ajudaram. O resultado foi fantástico, melhor do que eu esperava: fiz um clipe, que eu mesmo dirigi, em que atuei com a minha esposa, e lançamos no fim de 2013”.

Depois desta primeira oportunidade, a banda gravou um EP com três músicas sob a produção do Rick Bonadio, de grande nome no cenário musical brasileiro. “EP esse que não chegou a ser lançado por conta de não conseguir finalizar o pagamento integral do projeto por meio dos patrocínios. Continuei na luta sempre independente, compondo e gravando, na medida do possível, as músicas autorais”, explica o cantor.

Neste último mês de setembro, a banda lançou a nova música de trabalho, que se chama Ficamos Juntos. E, depois da experiência de gravação em um estúdio grande, Bruno percebeu que também era possível ter um material de boa qualidade, mesmo gravando em casa; só precisava das pessoas certas. “Gravei tudo, em casa, produzindo com meu amigo guitarrista Leonardo Ghigiarelli, que conseguiu extrair o melhor resultado possível das músicas, coisa que não conseguia fazer com membros antigos. Mixamos em São Paulo, em uma produtora, e o resultado foi extremamente satisfatório”. 

A música foi lançada com um lyric vídeo. Durante esses intervalos, Bruno mantém a banda tocando covers em diferentes lugares, como no Paraguai, no ano passado. Nos próximos meses, eles lançarão o tão esperado CD, que já está em processo de finalização. “Estamos felizes com tudo que fazemos juntos, e estamos entre amigos, o que é o mais importante e gratificante. Neste próximo CD, autoral, juntamente com os projetos covers, (tributo ao Legião Urbana, rock internacional e nacional todas as épocas, tributo Bon Jovi e The Doors Cover), esperamos atingir o estado goiano em breve”, diz Bruno. 

Início

O vocalista nem sempre foi cantor. Nascido e criado na cidade interiorana de Campestre, no Sul de Minas Gerais, sempre teve um incentivo para a música vindo de seus pais, mas não havia referências que o fizessem apaixonar pela música. Foi quando teve contato com fitas gravadas com músicas do Bom Jovi e da banda brasileira Angra. O rock and roll então o envolveu de tal maneira que se tornou um sonho. Lá pelos seus 16 anos de idade, por escolha própria, foi morar com o pai, nos Estados Unidos, e lá viveu durante dez anos, trabalhando duro, em uma realidade bem diferente do conforto e sossego da sua casa em Minas. 

Comprou um violão e uma revistinha de partituras, e logo escreveu sua primeira composição, intitulada de Para Nós Dois. A canção ficou guardada, mas investiu conhecimento na guitarra, até que um amigo lhe aconselhou a cantar, pois não rendia como instrumentista. Se descobrir cantor foi um processo não muito rápido e que começou no karaokê. Com a boa recepção dos espectadores do bar, investiu, e já sabia qual som queria tocar. Mas o ‘ao vivo’, cantar com uma banda, foi outro obstáculo a enfrentar. “Então, a partir do momento em que comecei com a banda, ao vivo, eu vi a dificuldade de encontrar pessoas comprometidas com a mesma idéia”.

Bruno explica que a produção e gravação independente é a maior dificuldade enfrentada pela banda. “Mantenho os músicos, e pago do meu bolso tudo o que eu produzo, o pouco que a banda me gera eu invisto 100% nela própria”. A banda já teve várias formações anteriores por contar com músicos freelancers, e o cantor explica que “a medida que o som e a convivência não eram legais, era preciso uma mudança visando sempre ao futuro da banda. Diante de tanta convivência com pessoas diferentes, eu percebi que o meu sonho estava apenas dentro de mim, e jamais poderia colocar isso na mão de ninguém”.

Performances

A banda conta também com outras duas diferentes performances. São elas:  The Back Doors (The Doors cover) – uma apresentação marcante e performática, que revive os melhores anos da banda The Doors por meio de mais de 20 músicas executadas em uma forma autêntica. Voz semelhante, aparência e roupas de época marcam esse show como o mais solicitado da banda. TributoLegiaoUrbana – com mais de 30 músicas, a Mittus volta ao tempo, entrando literalmente na cabeça dos ouvintes desse show. Relembra todas as fases da banda – política, romântica e rock and roll. 

O primeiro single da banda, Pra Nós Dois, lançado em novembro de 2013, está disponível nas redes sociais, assim como para o download. 

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

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