Grupo de dança de Minas Gerais traz espetáculo que ocupa prédios históricos de Goiânia

Inspirados em escritoras indígenas, artistas de cinco países latino-americanos se apresentam

Postado em: 16-03-2022 às 08h47
Por: Redação
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Inspirados em escritoras indígenas, artistas de cinco países latino-americanos se apresentam | Foto: Reprodução

A dança vai tomar conta de duas capitais do Centro-Oeste, em março. O Grupo Contemporâneo de Dança Livre apresenta seu espetáculo ‘Cartografias’ em pontos turísticos de Goiânia (GO) e Campo Grande (MS), com apresentações ao ar livre e abertas ao público, através do Edital Funarte Circulação Centro Oeste.  O espetáculo ‘Cartografias’ acontece em Goiânia no dia 24 de março no Museu de Arte de Goiânia (MAG) e no Grande Hotel Goiânia, no dia 25. Ambos às 20h.

Originário de Minas Gerais, o grupo trabalha com processos colaborativos, pesquisa e criação em dança contemporânea para palco e rua desde 2010 e já participou de diversos festivais e projetos no Brasil e em países como Inglaterra, Escócia, Argentina, Portugal, França, Bélgica, México, Panamá, Colômbia, Costa Rica, Guatemala e Peru. 

‘Cartografias’ é uma obra de improvisação em dança construída a partir do seguinte tripé: investigação de novas formas de territorialidade, intercâmbios à distância entre os artistas convidados e o trabalho com poemas escritos por mulheres indígenas latino-americanas: Graça Graúna (Brasil), Graciela Huinao (Chile), Irma Pineda (México) e Yenny Muruy Andoque (Colômbia). 

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As apresentações em Goiânia e Campo Grande acontecem de forma híbrida: enquanto os bailarinos Duna Dias e Leonardo Augusto realizam sua performance presencialmente, serão projetadas imagens de 15 artistas convidados de cinco países da América Latina – Brasil, Costa Rica, Colômbia, México e Peru – dançando e se apresentando simultaneamente. A ideia é promover um diálogo entre o corpo, a cidade, seus cruzamentos e ressignificações através da dança. A trilha sonora original é da artista argentina Sofi Álvarez.

Integrante do Grupo Contemporâneo de Dança Livre, Duna Dias explica que o projeto nasceu da possibilidade de investigar a dança a partir de relações, discussões, compartilhamentos e observações coletivas, descentralizando suas ideias e promovendo o intercâmbio de experiências entre diferentes vias para ampliar o ângulo de perspectiva do que é criado em dança hoje. Além disso, ele é derivado de uma experiência que o grupo viveu durante dois anos da pandemia, quando isolados em suas casas, dançarinos e outros artistas se reuniam de forma online para dançar e se apresentar em lives.

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