O espetáculo ‘Carinhosamente Juntos’ da Quasar soma ao lançamento de livro

"Venha dançar a vida com alegria", convida o bailarino Pedro Ratters

Postado em: 01-07-2022 às 09h16
Por: Redação
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"Venha dançar a vida com alegria", convida o bailarino Pedro Ratters | Foto: Divulgação

Guilherme de Andrade 

Estreou nesta quarta e quinta-feira (29 e 30), no teatro Goiânia, o novo espetáculo da companhia Quasar de dança, o “Carinhosamente Juntos”. Reunindo os dançarinos da equipe com pessoas com algum tipo de deficiência, o novo trabalho da Quasar celebra, nos palcos, as singularidades e diferenças desses indivíduos unidos por um desejo compartilhado: dançar e explorar a potencialidade do corpo ao se mover. 

O processo de criação do espetáculo foi dividido em duas etapas: uma virtual, devido à pandemia, e uma presencial, onde de fato se criou a coreografia.  No primeiro momento, que durou até o fim de 2021, a intenção era aproximar os mundos dos dois grupos de bailarinos a fim de se criar uma sintonia. Uma vez homogeneizado o grupo, começam os encontros presenciais de onde sai a coreografia. O resultado é um encontro carinhoso, lúdico e singelo em um espetáculo emotivo e demasiadamente humano.

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O trabalho nasce do desejo dos fundadores da Quasar, Vera Bicalho e Henrique Rodovalho, de que a companhia realizasse um projeto social e artístico. A companhia  contou com a consultoria de Marlini Dorneles e Vanessa Dalla Déa do Grupo Diversus (UFG) e Henrique Amoedo, coreógrafo da Companhia “Dançando com a Diferença”, de Portugal. Na coreografia que se criou é possível enxergar os processos individuais e coletivos do grupo que se mostra unido e coeso através do movimento dos corpos.

Junto da apresentação de dança, aconteceu também o lançamento do livro “Quasar Cia de Dança – 34 anos” que traz registros dos 34 anos de atividade da companhia em fotos e em entrevistas. Ao longo da carreira do grupo foram 27 espetáculos produzidos, que foram apresentados em 27 países diferentes, acumulando cerca de um milhão de espectadores no Brasil e mundo afora. São registros de três décadas de atividade de um dos grupos de dança contemporânea mais conhecidos e respeitados do Centro-Oeste brasileiro. 

O espetáculo contou com o apoio do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, enquanto o livro teve apoio da Lei Goyazes.

Conversando com o coreógrafo

Henrique Rodovalho fala do desejo de tornar a dança um espaço mais inclusivo, onde corpos singulares se unem através do movimento. A intimidade entre os bailarinos e o próprio processo de criação das coreografias se desenvolveu através de jogos e brincadeiras. O coreógrafo e diretor da Quasar resume dizendo que é “a partir desse ‘estar à vontade’ que vem o princípio de criação desse espetáculo”.
Ana Beatriz, de 18 anos, ama dançar e fazer vídeos para as redes sociais. Pedro Ratters Motta acredita que na dança podemos encontrar uma vida feliz. Ambos, juntos aos outros bailarinos convidados, trouxeram esses gostos e crenças para a criação do espetáculo que se apresentou. Carinhosamente juntos, os bailarinos expressam a potencialidade de corpos distintos que buscam o prazer e a felicidade nos movimentos.

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