Manchas podem ser sinal de Acatose Nigricans, diz especialista

Médica dermatologista e nutróloga, Aline Longatti revela que essas manchas se desenvolvem de forma lenta

Postado em: 14-07-2022 às 08h52
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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Médica dermatologista e nutróloga, Aline Longatti revela que essas manchas se desenvolvem de forma lenta | Foto: Divulgação

Maior órgão do corpo humano, a pele envolve todo o organismo e chega a representar cerca de 15% do peso corporal. É considerada um órgão vital, sem o qual seria impossível sobreviver e é responsável pela manutenção da temperatura, defesa contra micro-organismos e eventuais lesões acidentais, controle da circulação sanguínea, sensorialidade (ao calor, dor, pressão, tato), fazer a reserva de nutrientes e, claro, pela proteção contra agentes do meio ambiente. É composta por inúmeras terminações nervosas e pelas seguintes camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para a mais profunda.

O corpo emite sinais o tempo todo que podem servir de alerta à saúde. Manchas escuras na pele, por exemplo, com textura grossa e aveludada, podem ser ocasionadas pelo excesso de açúcar no corpo e são chamadas de Acantose Nigricans. “Geralmente aparecem simétricas nas dobras da pele, como pescoço, axilas, tornozelos, joelhos, entre as pernas e região dos olhos, das palmas e plantas”, explica a médica dermatologista e nutróloga, Aline Longatti.

Apesar de não ser considerada uma doença, mas pode ser manifestações de outras possíveis enfermidades sérias, como o diabetes. “Frequentemente, a acantose é causada por alterações metabólicas, como resistência à insulina, diabetes, obesidade, uso indiscriminado de alguns medicamentos, uso prolongado de corticoides e desordens hormonais”, esclarece a médica.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, há, basicamente, dois tipos de acantose benigna e maligna sendo, cada uma relacionada a diferentes causas. Aline aponta que a explicação benigna pode estar associada a obesidade, genética, desordem hormonal, resistência à insulina (aumento de glicose no sangue), diabetes, síndrome metabólica (condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes)e uso indiscriminado de corticoides, contraceptivos orais, hormônios do crescimento e até suplementos  proteicos. Já as causas malignas podem estar relacionadas a alguns tipos de câncer, especialmente o de estômago.

O primeiro passo para o tratamento é descobrir a causa do aparecimento das lesões. Feito isso, em um primeiro momento, as manchas tendem a desaparecer gradativamente. De qualquer forma, quase todas as causas pedem um estilo de vida mais saudável, com menos açúcar e carboidratos, e mais atividade física. “Essas manchas tendem a desaparecer com o tratamento da causa, o qual, normalmente, está relacionado com a mudança de hábitos de vida e da alimentação”, diz Aline.

Em casos de câncer, cirurgia, quimioterapia ou radioterapia podem resolver. “É possível, ainda, que o médico recomende o uso de alguns medicamentos para clarear as áreas afetadas com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente”, aponta.

A médica revela que essas manchas se desenvolvem de forma lenta. “Sendo assim, fique sempre atento a modificações do seu corpo. Se notar que algo está errado, respeite os sinais que seu corpo dá e procure ajuda de um profissional. Visite um médico dermatologista para ter um diagnóstico preciso”, conclui.

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