Dia das Mães: como demonstrar amor e afeto sem cair em clichês do consumismo?

Dar o seu tempo é um dos presentes mais significativos nos dias de hoje, estar junto com sua mãe, fazer algo que gostam, tem muito valor

Postado em: 09-05-2023 às 09h03
Por: Ícaro Gonçalves
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Dar o seu tempo é um dos presentes mais significativos nos dias de hoje, estar junto com sua mãe, fazer algo que gostam, tem muito valor | Foto: Divulgação

O Dia das Mães está logo ali, e as especulações sobre qual o melhor presente permeia as conversas entre os filhos mais preocupados. Entre os itens mais procurados estão roupas, calçados, acessórios, perfumes, eletroeletrônicos portáteis, cosméticos e smartphones. Apesar de ser uma época em que o consumo é reforçado, outras opções têm ganhado destaque em 2023. Segundo a personal organizer especialista em desapego e consumo consciente Nalini Grinkraut, talvez seja o momento de repensar e optar por presentes não materiais.

Data mais que importante para os brasileiros, com significado profundo, o Dia das Mães também é fartamente explorado pelo comércio, tanto que, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (2020, data mais recente do levantamento), trata-se do período onde os comércios registram os maiores índices de vendas no primeiro semestre. Presentear representa um gesto de carinho, mas será que realmente necessário entrar nessa onda de consumismo para marcar essa data? 

Será que existem outras formas de reconhecer e agradecer as mães sem que seja preciso comprar um objeto material? Para a personal organizer especialista em desapego e consumo consciente Nalini Grinkraut sim! E justamente por saber que é possível fazermos o dia de nossas mães uma data especial, repleta de amor e com demonstrações de afeto que ela elencou algumas dicas para que possamos valorizar nossas figuras maternas. O intuito é priorizar quem se dedicou e dedica a forma seres humanos melhores.

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Invista em presentes que demonstrem seu carinho e afeto. Esse presente pode ser algo feito por você como uma comida que ela goste, um cartão ou até mesmo um artesanato, caso você tenha habilidades manuais e saiba fazer algo que sua mãe usa. Presentes experiências como uma refeição em um restaurante, uma massagem ou ingresso para uma peça, filme ou show também são excelentes opções. Um passeio surpresa pode ser uma excelente oportunidade de fazerem uma programação diferente. Podem ir ao parque, ao museu ou até uma viagem.

Dar o seu tempo é um dos presentes mais significativos nos dias de hoje. Com a agenda corrida e o tempo escasso, estar junto, fazer algo que gostam, tem muito valor. “Não precisamos ser contra os presentes. Presentear e ser presenteado com itens materiais é muito gostoso, mas podemos pensar fora da caixa para não cair nas armadilhas do consumismo e dar qualquer coisa para cumprir tabela. Estar junto, fazer programas juntos, jogar conversa fora, são esses momentos que constroem memórias especiais para levarmos para toda vida”, elucida Nalini.

Autora do livro ‘Casa Arrumada, Vida Leve’ (Harper Collins), Nalini Grinkraut quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de uma maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares.

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta. “A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós“, finaliza a especialista Nalini Grinkraut.

O livro e a autora

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar? Era assim que a autora de ‘Casa Arrumada, Vida Leve’ se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça. Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. 

Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação. A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo.

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