Saúde bocal: Especialista aponta importância do autoexame para prevenção de câncer de boca

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a taxa de câncer de boca e orofaringe aumentou ligeiramente nos últimos anos

Postado em: 26-05-2023 às 09h00
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a taxa de câncer de boca e orofaringe aumentou ligeiramente nos últimos anos | Foto: Divulgação

Também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, o câncer de boca e orofaringe é um dos tumores mais comuns entre os brasileiros. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil é o terceiro país com maior número de casos da doença, com aproximadamente 15 mil registros por ano, sendo mais comum em homens acima dos 40 anos.

O tumor pode afetar lábios, gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas), amígdalas e a região embaixo da língua. A doença pode apresentar diferentes tipos de manifestação, mas segundo a cirurgiã dentista Angélica Siqueira, os principais sinais são nódulos, caroços ou ínguas no pescoço; alteração na voz; manchas brancas ou vermelhas na boca; feridas ou aftas que não cicatrizam há mais de 15 dias e dores na boca e na face ao engolir. 

Segundo a especialista, o tabagismo em todas as suas formas está entre as principais causas da doença, sendo o cigarro eletrônico ainda mais nocivo. O consumo de álcool em excesso, a exposição ao sol sem proteção, histórico na família e idade acima de 40 anos também são fatores de risco.

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Por isso, o autoexame é uma das formas de prevenção, além das visitas ao cirurgião dentista ou médico, estando sempre atento para os possíveis sinais da doença. “Quando falamos de autoexame, é sobre procurar e identificar tudo o que é incomum na boca para buscar o tratamento precocemente. Consultar o dentista regularmente também é uma forma de diagnosticar o câncer de boca nos estágios iniciais da doença, o que aumenta as chances de cura”, informa Angélica Siqueira. 

Tratamento e prevenção

A escolha do melhor tratamento para o câncer de boca é feita após o diagnóstico da doença, que ocorre por meio de exame clínico (visual), com confirmação da biópsia. Após esse processo, o cirurgião especializado irá avaliar o estágio da doença associado a exames complementares, que determinarão o tratamento mais indicado. 

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. No entanto, quando o quadro do paciente é mais complexo, a radioterapia e a quimioterapia são indicadas, pois a cirurgia não é possível ou pode trazer sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação e a qualidade de vida do paciente.

Para evitar o desenvolvimento e os estágios mais avançados do tumor, a prevenção é de extrema importância. Além de evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso corporal dento dos limites da normalidade, com uma alimentação mais natural; garantir a boa higiene bucal e usar preservativo na prática do sexo oral, para evitar a infecção por HPV são as principais recomendações médicas.

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