Multas pagas por crimes ambientais na Amazônia caem 93% durante o governo Bolsonaro

De acordo com o estudo, o mau desempenho é explicado pela centralização de decisões e a burocratização de processos.

Postado em: 19-07-2021 às 18h10
Por: Alice Orth
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De acordo com o estudo, o mau desempenho é explicado pela centralização de decisões e a burocratização de processos. | Foto: Reprodução

Uma pesquisa do Centro de Sensoriamento Remoto e do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que o pagamento de multas relacionadas a crimes ambientais na Amazônia despencou 93% durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o estudo, o mau desempenho é explicado pela centralização de decisões e a burocratização de processos.

Os processos envolvendo a vegetação nos Estados da Amazônia Legal apresentaram a queda em relação aos quatro anos anteriores da pesquisa. Bolsonaro se diz contra a “indústria da multa”, e prometeu ainda em campanha diminuir o uso do recurso.

A média anual de multas pagas ao Ibama era de 688 processos entre 2014 e 2018. Sob o mistério de Ricardo Salles, ex-Meio Ambiente, o balanço passou para 74 e 13 multas pagas respectivamente, uma média de 44. Apesar da queda, os crimes relacionados ao desmatamento estão em sua maior taxa nos últimos 12 anos.

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Houve recuo também no número de processos relacionados a infrações que envolvem a vegetação julgados em 1ª e 2ª instância. De 5,3 mil anuais entre 2014 e 2018, passou para somente 113 julgamentos em 2019 e 17 no ano passado.

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