Bolsonaro é aconselhado a deixar a definição de partido para 2022

Defensores do adiamento argumentam que baixa popularidade do presidente será um empecilho para a reeleição

Postado em: 31-08-2021 às 16h14
Por: Maria Paula Borges
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Defensores do adiamento argumentam que baixa popularidade do presidente será um empecilho para a reeleição | Foto: Reprodução

O presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido aconselhado a deixar a definição do partido pelo qual vai disputar a reeleição para o início do ano que vem. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é o principal defensor desse adiamento. As missões do ministro são melhorar a articulação política em meio à crise institucional e organizar as bases para o projeto de um novo mandato.

O principal argumento usado para sustentar o adiamento é a baixa popularidade do presidente, no início de julho o Datafolha apontou que 51% dos brasileiros reprovam a gestão bolsonarista, um recorde. Além disso, levantamentos internos recentes apresentam um desgaste acentuado, fruto do discurso inflamado contra o Judiciário e relacionado a outros temas, por exemplo na sexta-feira (27/08), em que Bolsonaro defendeu que todos os cidadãos comprassem fuzil.

Segundo Nogueira, o desemprenho de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto será crucial para a formação definitiva da chapa. Para recuperação, ficará livre para escolher um nome de confiança, caso contrário, terá que fazer uma composição em que o partido do vice terá peso relevante.

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Bolsonaro havia estabelecido março como tempo limite para a definição e dizia não querer repetir o que ocorreu em 2018, quando ingressou no Partido Social Liberal (PSL) a sete meses. Para políticos que acompanham as movimentações partidárias de 2022, Nogueira age para diminuir a pressão para que o PP receba o presidente e seu grupo. Apesar de a legenda estar no comando da Casa Civil, internamente existe resistências ao presidente em razão dos atritos provocados e por questões políticas locais, casos de estados como Bahia e Pernambuco.

A ida de Bolsonaro para o PP vai depender da retomada da economia e recuperação no favoritismo nas pesquisas. De acordo com o deputado federal, Fausto Pinato (PP-SP), o ministro Ciro Nogueira e grande parte do partido estão empenhados nisso, caso dê errado, o ministro vai consultar os diretórios estaduais e a decisão da maioria irá prevalecer.

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