Quatro crianças vítimas de maus-tratos foram resgatas e uma delas comia fezes de cachorro

Pais das crianças foram autuados em flagrante por maus-tratos, cárcere privado e lesão corporal

Postado em: 22-09-2021 às 15h52
Por: Maria Paula Borges
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Pais das crianças foram autuados em flagrante por maus-tratos, cárcere privado e lesão corporal | Foto: Reprodução

Vítimas de maus-tratos, quatro crianças foram resgatadas em Barra de São Francisco, no Espírito Santo. A mais nova delas, foi achada comendo fezes de cachorro, no dia 29 de agosto, e, segundo informações do jornal Folha Vitória, é autista e tem apenas 4 anos de idade. O caso é investigado pela Delegacia Regional de Barra de São Francisco, que realiza diligências e aguarda a chegada dos laudos periciais.

Os pais das crianças foram autuados em flagrante por maus-tratos, cárcere privado e lesão corporal, mas conseguiram alvará de soltura após audiência de custódia. Eles deverão comparecer em Juízo para justificar suas atividades semanais, além de manter o endereço sempre atualizado e comparecer aos atos processuais. A decisão também consta que os pais devem ficar afastados das vítimas até decisão da Vara de Infância.

A casa em que as crianças foram encontradas estava suja e com fezes de animais por todo o local. As crianças não se alimentavam há vários dias, eram mantidas em casa e não tomavam banho há muito tempo, uma das vítimas não conseguia andar de fraqueza.

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As crianças receberam atendimento médico e foram levadas a um abrigo da cidade. As duas mais velhas, de 12 e 10 anos, eram frutos de um relacionamento anterior da mãe. O pai delas pretende pleitear a guarda provisória das filhas e alegou que a mulher sumiu há cerca de 7 anos, quando os dois moravam juntos na cidade paulista de Carapicuíba.

A Polícia Militar e o Conselho Tutelar do município chegaram à residência após uma denúncia da diretora da escola em que uma das crianças estuda. Ela conta que ligou para o pai informando que ela deveria fazer uma prova presencial, mas ele só a levou após muita insistência.

Na escola, os professores tentaram fazer perguntas à criança, mas ela apresentava respostas prontas. Em seguida, a colocaram em uma sala separada para tentar obter respostas. Durante o encontro, a diretora observou que a vítima parecia estar sofrendo pressão psicológica e quase não parava em pé por fraqueza. Então, ela fez a denúncia ao Conselho Tutelar.

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