‘Em economia, sou zero à esquerda’, disse Bolsonaro sobre o combate à inflação
Presidente também comentou sobre a principal mudança durante o governo, vale-gás e apagão
Por: Maria Paula Borges
O presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que a principal mudança pela qual passou nos mil dias de governo foi alterar a postura estatizante que o acompanha a décadas, desde que chegou ao Congresso Nacional, quando foi eleito em 1990. Além disso, o presidente defendeu as privatizações.
Bolsonaro também falou sobre a forme e inflação que afligem o país. Entretanto, para debelar a inflação ele afirmou ser um ‘zero à esquerda em economia’, mas afirmou que confia no presidente do Banco Central, Roberto Campos, e que mantém contato. “Por isso, o Banco Central independente. Converso uma vez por semana com o Roberto Campos. Em economia, sou zero à esquerda. Se o remédio para combater é só aumentar a taxa de juros qualquer um pode ocupar o Banco Central. Ele sabe o que fazer. Tenho confiança nele”, afirmou o presidente.
Na última segunda-feira (27/09), em evento de lançamento da nova linha de crédito da Caixa Econômica Federal, quando o presidente falava sobre inflação, disse que ‘nada é tão ruim que não possa piorar’. O IPCA-15 de setembro atingiu 10% em 12 meses encerrados no mesmo mês. O indicador mede as variações de preços entre os 15 dias de cada mês e, por isso, serve como prévia do IPCA, utilizado nas metas de inflação do governo.
Além disso, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que vai garantir o vale-gás para a população atendida pelo Bolsa Família, por meio da distribuição de um botijão a cada dois meses. Esse recurso, repetiu, virá da Petrobras, porém afirmou que a empresa sempre está em batalha interna e que é muito vigiada, por ter um conselho de administração. Na véspera, Joaquim Silva e Luna, presidente da estatal, descartou ação para baratear botijão de gás e afirmou que não mudará a política de preços de combustíveis da empresa.
O presidente ainda foi questiona sobre a garantia de não haver apagão, mas disse que não pode garantir. “Não posso garantir isso para vocês. Há estudos dizendo que não vai faltar”, disse o presidente, que voltou a defender que os consumidores adotem o hábito de tomar banho frio.