“Não vamos interferir em nada”, afirma Bolsonaro sobre preços de combustíveis

O novo posicionamento de Bolsonaro contradiz o que o próprio presidente defendeu em maio, quando mudou o comando da Petrobras.

Postado em: 24-10-2021 às 17h30
Por: Ícaro Gonçalves
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O novo posicionamento de Bolsonaro contradiz o que o próprio presidente defendeu em maio, quando mudou o comando da Petrobras | Foto: Reprodução

Na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, garantiu, hoje (24), que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética, não descartando, inclusive, a opção de privatização – hipótese que admitiu ser “complicada.”

“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse o presidente ao admitir que não tem poderes para influenciar na definição de negócios e de preços da companhia.

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O discurso de Bolsonaro contradiz o que o próprio presidente defendeu em maio, quando mudou o comando da Petrobras. O presidente nomeou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da empresa após demonstrar insatisfação com os constantes aumentos de combustíveis —os caminhoneiros são uma importante base eleitoral bolsonarista.

“Da nossa parte eu troquei o comando da Petrobras. No começo foi um escândalo. É para interferir mesmo, eu sou o presidente. Ou eu assumo e tenho que manter todo mundo empregado?”, disse Bolsonaro em encontro com apoiadores.

Em meio à crise política criada com a decisão do governo de furar o teto de gastos para viabilizar o programa Auxílio Brasil —que substituirá o Bolsa Família—, Bolsonaro foi com Paulo Guedes a uma feira no parque de exposições da Granja do Torto, em Brasília.

Na última semana, a permanência de Guedes no cargo foi questionada, e o ministro viu sua posição junto ao mercado enfraquecida após uma onda de demissões na equipe econômica.

Com informações da Agência Brasil.

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