CPI da Pandemia aprova relatório final e pede indiciamento de Bolsonaro e mais 79

O documento, aprovado nesta terça (26/10) pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e mais 79 pessoas ou empresas.

Postado em: 27-10-2021 às 09h04
Por: Ícaro Gonçalves
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O documento, aprovado nesta terça (26/10) pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e mais 79 pessoas ou empresas | Foto: Reprodução/ Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, em funcionamento no Senado desde abril deste ano, aprovou por 7 votos a 4 o relatório final com quase 1.300 páginas, elaborado e apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão. O documento, aprovado nesta terça (26/10) pede o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e mais 79 pessoas ou empresas.

O documento sugere o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes que vão desde delitos comuns, previstos no Código Penal; a crimes de responsabilidade, conforme a Lei de Impeachment. Há também citação de crimes contra a humanidade, de acordo com o Estatuto de Roma, do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

Além do presidente da República, mais 77 pessoas, entre elas três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados federais, médicos e empresários estão na lista. Há ainda duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog. Com isso, são 80 pedidos de indiciamento no relatório, no total.

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De acordo com o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), o relatório será entregue pessoalmente ao procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta quarta-feira (27), às 10h.

Como votaram os membros da CPI:

Favoráveis ao relatório: Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM).

Contrários: Luis Carlos Heinze (PP-RS), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Melo (PL-SC).

Exclusão

O nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) chegou a ser incluído na lista de indiciados do relatório final da comissão a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). No entanto, o próprio parlamentar solicitou ao relator Renan Calheiros a retirada do nome de Heinze.

A decisão de excluir o nome ocorreu após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmar, por meio de nota, que os senadores reavaliassem a proposta de indiciamento, o que considerou um “excesso”.

Para o senador Alessandro Vieira, prevaleceu o entendimento de que o senador tem imunidade parlamentar ao se manifestar na CPI. Durante os trabalhos da CPI, Heinze defendeu o uso de medicamentos ineficazes para o tratamento da covid-19, além de divulgar estudos sem base científica.

Com informações da Agência Brasil.

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