PF prende organização criminosa que causaria um prejuízo ao INSS de quase R$ 700 milhões

Entre os investigados que foram presos, oito eram servidores do Instituto Nacional do Seguro Social.

Postado em: 09-11-2021 às 11h28
Por: Almeida Mariano
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Entre os investigados que foram presos, oito eram servidores do Instituto Nacional do Seguro Social | Foto: PF/Reprodução

Uma operação foi realizada pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (09/11), contra uma organização criminosa especializada em fraudes de benefícios de aposentadoria por idade rural, com a utilização de falsificação e documentos públicos. Ao todo, foram 39 investigados com prisão decretada, sendo oito servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 17 advogados e 14 intermediários dos estados do Piauí e Maranhão.

A operação, nomeada Operação Búsola, foi desenvolvida no âmbito da Força-tarefa Previdenciária e Trabalhista no estado do Piauí, junto a Polícia Federal (PF/MJ) e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Previdência (CGINT/MTP). A ação contou com mais de 200 policiais federais dos estados do Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins.

No decorrer das investigações, que tiveram início no ano passado, foram identificados 1.975 benefícios de aposentadoria por idade rural com indícios de fraude, equivalente a um prejuízo efetivo ao INSS de R$ 55,8 milhões. A Justiça Federal também já determinou a imediata suspensão de outros 160 benefícios concedidos a pessoas fictícias e a revisão de 1.975 benefícios com indícios de fraude, que podem se tornar um prejuízo futuro estimado em R$ 623 milhões de reais.

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No total, estão sendo cumpridos 96 mandados judiciais expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina/PI, de modo que 16 são de prisão preventiva, 23 de prisão temporária e 57 de busca e apreensão nas cidades de Teresina/PI, Luzilândia/PI, Demerval Lobão/PI, Santo Antônio dos Milagres/PI, Timon/MA, Caxias/MA, Presidente Dutra/MA, Parnarama/MA, Codó/MA, Anapurus/MA e São João do Sóter/MA.

Após a prisão, delegados de Polícia Federal irão interrogar os presos na Superintendência da Polícia Federal em Teresina, e em seguida os investigados serão encaminhados para um dos presídios da capital.

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