Durante a pandemia, Brasil registrou maior alta na taxa de mortalidade desde 1984

Pesquisa do IBGE aponta que número de óbitos aumentou aproximadamente 15%, se comparado a 2019

Postado em: 18-11-2021 às 15h15
Por: Maria Paula Borges
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Pesquisa do IBGE aponta que número de óbitos aumentou aproximadamente 15%, se comparado a 2019 | Foto: Reprodução

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 1,5 milhões de brasileiros morreram em 2020. O número representa aumento aproximado de 15% na quantidade de óbitos, se comparado a 2019, sendo a maior alta de mortes desde 1984. O levantamento, revelado nesta quinta-feira (18/11), deixa mais claro o grande impacto causado pela pandemia da Covid-19.

Segundo o IBGE, quando comparado a 2019, todas as regiões do país tiveram aumento relevante na quantidade de óbitos durante o primeiro ano da pandemia. As maiores altas registradas foram nas regiões Norte, com crescimento de 25,9%, e Centro-Oeste, com 20,4%. Além disso, o Nordeste também apresentou alta superior à média do restante do Brasil, com crescimento de 16,8% nos óbitos. As regiões Sudeste e Sul, por sua vez, aparecem com 14,3% e 7,5%, respectivamente.

Em relação às unidades da Federação, 16 registraram variação acima da média do Brasil. O estado do Amazonas, que viveu um colapso na saúde, registrou acréscimo de 31,9%. Já o Rio Grande do Sul, teve a média mais baixa, com 7,9%.

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Além disso, foi observado que o aumento de óbitos foi maior em brasileiros com faixa etária igual ou superior a 60 anos, sendo este um dos grupos de risco da Covid-19. O número de mortes aponta ainda maior índice entre homens, que morreram 16,7% mais em 2020, se comparado a 2019. No que se refere às mulheres, o IBGE notificou crescimento de 12,7%.

De acordo com Raphael Guimarães, pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a expectativa é que os números de 2021 sejam ainda maiores. “Nós tivemos um maior volume de mortes em decorrência da pandemia entre março e abril deste ano, foi o pico da doença no Brasil”, disse.

Outro aspecto observado foi a quantidade de nascimentos. Se comparado a 2018 e 2019, em 2020 menos crianças nasceram. No primeiro ano de pandemia, 2.678.463 bebês nasceram, já em 2019, foram 2.811.760. Em 2018, foram registrados 2.899.563.

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