Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Depois de um ano de investigações, PF desarticula quadrilha especializada em tráfico em alto-mar

As provas que estão sendo coletadas auxiliarão na identificação dos financiadores da atividade criminosa, dentre outros eventuais participantes.

Postado em: 23-11-2021 às 14h40
Por: Victoria Lacerda
Imagem Ilustrando a Notícia: Depois de um ano de investigações, PF desarticula quadrilha especializada em tráfico em alto-mar
As provas que estão sendo coletadas auxiliarão na identificação dos financiadores da atividade criminosa, dentre outros eventuais participantes. | Foto: Reprodução/Internet

A operação que ficou conhecida como “Operação Mar Aberto”, da Polícia Federal, fez apreensões importantes nesta terça-feira (23/11). Durante pouco mais de um ano de investigação, a PF identificou três barcos pesqueiros, além de operadores logísticos e gerentes operacionais em solo. As investigações apontam que, ao longo de um ano, a organização criminosa tentou exportar para os continentes africano e europeu ao menos 6,5 toneladas de cocaína. Segundo a PF, por meio da simulação de operações de pesca, os criminosos tentavam movimentar toneladas de cargas de cocaína para alto-mar, de onde seriam resgatadas por embarcações estrangeiras e então levadas até países da África e da Europa.

As investigações tiveram início em outubro de 2020 e identificaram uma organização criminosa que se apossou de barcos de pesca industrial para transportar grandes quantias de cocaína para o exterior, devido a ela cerca de 100 policiais federais cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina (Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Florianópolis, Itajaí, Navegantes e São José), Paraná (Curitiba e Matinhos) e Espírito Santo (Itapemirim), além de seis mandados de prisão preventiva de outros investigados. Na ação, autorizada pela 1ª Vara Federal de Itajaí, estão sendo sequestrados veículos, imóveis e duas embarcações de pesca industrial, pertencentes ao grupo criminoso.

Além da aquisição de barcos de grande autonomia e capacidade de armazenamento de carga, a organização contratou, em vários pontos do país, tripulações especializadas na atividade de navegação marítima para realização de longas travessias intercontinentais.

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Por meio de nota oficial, a Polícia Federal afirmou: “Por meio da simulação de operações de pesca, os criminosos buscavam dissimular o carregamento e movimentação de cargas de cocaína até determinados pontos em alto-mar, de onde seriam resgatadas por embarcações estrangeiras e então levadas até países da África e Europa”.

Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico internacional e associação para o tráfico, com penas somadas de oito a 25 anos de prisão, além do perdimento dos bens utilizados nas ações criminosas ou adquiridos com o proveito destas.

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