Em busca de ouro, garimpeiros avançam com balsas pela Amazônia

Operadas por garimpeiros, centenas de balsas de dragagem avançam no rio Madeira – importante afluente do Amazonas – em busca de ouro.

Postado em: 25-11-2021 às 11h00
Por: Nielton Soares
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Ações ilegais ocorrem no rio Madeira e autoridades federais e estaduais fazem jogo do empurra-empurra | Foto: Reuters/Bruno Kelly

Operadas por garimpeiros, centenas de balsas de dragagem avançam no rio Madeira – importante afluente do Amazonas – em busca de ouro. Por outro lado, as autoridades federais e estaduais debatem quem deve fiscalizar e impedir a navegação criminosa.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as balsas são equipadas com bombas de água e amarradas juntas, formando filas. Uma testemunha da agência Reuters chegou a avistar fumaça de equipamento que estaria aspirando ouro no rio.

O avanço da ação ilegal na região ocorre em paralelo à recente Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, no Reino Unido. Quando líderes mundiais discutem iniciativas de preservação ambiental.

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Atualmente, as balsas navegam área de Humaitá, local com aumento de registro da extração ilegal de ouro. Outras operações de garimpeiros foram flagradas a aproximadamente 650 quilômetros de Autazes, no Sudeste de Manaus (AM).

Bate-cabeça

Os órgãos de fiscalização da região fazem o jogo do empurra-empurra. Um representante porta-voz do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alegou que a dragagem ilegal no Madeira não é responsabilidade do Governo Federal. Segundo ele, é o Estado do Amazonas e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) que devem realizar a fiscalização e impedir o crime.

Já o chefe do Ipaam, Juliano Valente, justificou que instruiu as forças de segurança estaduais a agirem contra as ações dos garimpeiros. Porém, salientou que o rio é de jurisdição federal e, por isso, cabe à Polícia Federal (PF) e à Agência Nacional de Mineração (ANM) ações mais energéticas na região. A PF e ANM não se manifestaram ainda sobre o caso.

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