Miss transex Brasil é presa por aplicar golpes em clientes durante programas sexuais

Mikaelly da Costa Martinez é suspeita de crimes em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul

Postado em: 29-11-2021 às 16h35
Por: Maria Paula Borges
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Mikaelly da Costa Martinez é suspeita de crimes em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul | Foto: Reprodução

A atual miss transex Brasil, Mikaelly da Costa Martinez, considerada a transexual mais bonita do país em 2019, foi presa por suspeita de chefiar uma quadrilha que rouba clientes durante programas sexuais, no Rio de Janeiro. Ela foi presa no último domingo (28/11) na praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio. Segundo informações, ela é acusada de aplicar golpes do pix após dopar as vítimas com “boa noite cinderela”.

Segundo policiais do 16º Departamento de Polícia da Barra da Tijuca, uma das vítimas relatou ter saído de um bar rumo a um motel nas proximidades. No estabelecimento, Mikaelly teria dado uma cerveja junto com alguma substância ao homem que a acompanhava. Em depoimento, a vítima relatou ainda que um comparsa da miss, Alexandre Porto Furtado Júnior, teria comparecido no quarto com ela momentos depois.

Ao pagar a conta, a vítima se deu conta que três cartões de crédito e débito haviam sido roubados, além de bens como celular e relógio. Após furtar o homem, a miss teria saído correndo do local. Dias depois, três transações financeiras de R$ 6 mil e uma tentativa de empréstimo de R$ 5 mil foram feitas.

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De acordo com o Delegado Leandro Gontijo, três pessoas foram identificadas até agora. “São três pessoas identificadas até agora. São pessoas transex, que cometem o crime com ela. E essas pessoas surgem no momento em que a vítima chega ao hotel. Então a vítima, quando chega ao hotel, é surpreendida por mais uma pessoa e perde aquele sentido de autocuidado e acaba tomando a bebida que é ministrada pela pessoa que ele acabou de conhecer. As transferências pix são feitas na faixa de 3 a 5 mil reais e ela também tentou fazer empréstimos para fazer novos pix, porém, nesse inquérito que a gente identificou, ela não conseguiu”, informou.

Em outro relato, a jovem também é suspeita por crime semelhante, com transações bancárias através do pix para conta de outros criminosos.

Conforme investigações, Mikaelly usa diversos nomes na hora do crime, dificultando a identificação. No Mato Grosso do Sul, ela já possui 17 anotações criminais por furto além de dano e receptação.

Além disso, foi presa em flagrante em 2015 por matar a travesti Verônica Bismark com um golpe de canivete. A jovem também é suspeita por crimes em São Paulo e Santa Catarina. De acordo com a Polícia Civil, a miss mora em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e já esteve no Rio por duas vezes, cometendo o mesmo crime.

Segundo agentes, Mikaelly responde ainda por envolvimento em homicídio na cidade de Coxim, no Mato Grosso do Sul, e já respondeu por roubos e golpes em São Paulo, Florianópolis e Balneário Camboriú.

De acordo com o delegado, ela não admitiu os crimes. “Aqui ela não admitiu. Ela disse ter sido pagamento de programas sexuais. No entanto, não é o que as vítimas relatam. Elas relatam terem acordado dopadas e sem bem nenhum. Sem celular, dinheiro desviado da conta bancária, isso não parece nada com um pagamento de um programa”, afirmou.

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