Ministério da Saúde detecta queda em casos de Aids no Brasil nos anos 2000

OMS indica que, entre 2000 e 2019, novas infecções caíram 39%

Postado em: 01-12-2021 às 17h39
Por: Maria Paula Borges
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OMS indica que, entre 2000 e 2019, novas infecções caíram 39% | Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde detectou, no período de 1980 até junho de 2020, um milhão e 11 mil casos de Aids no Brasil. A síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, apesar de atingir uma quantidade alta de brasileiros, desacelerou no começo do século XXI.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no período de 2000 até 2019, as novas infecções pelo vírus caíram 39% e as mortes caíram 51%. A expectativa é que, até 2030, a epidemia da Aids e infecções sexualmente transmissíveis (IST) acabe nas Américas.

Para que a expectativa seja concretizada, a psicóloga e neuropsicóloga Juliana Gebrim, afirma que a informação é indispensável. “Essas pessoas, que tem esse processo de discriminação, são pessoas que possuem um certo raquitismo espiritual. Muitas vezes por serem ignorantes – tanta ignorância da pessoa que é bruta, com instintos bem primitivos e animalescos, ou pessoas que não tem a informação correta, que estudam pouco, que leem pouco, é uma tragédia em todos os sentidos”, disse.

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O tratamento contra o vírus, como aquele oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ficou mais simples, permitindo que a pessoa infectada não desenvolva a doença. Para que a pessoa com HIV leve a vida normalmente é necessário o teste e, caso dê positivo, iniciar o tratamento com acompanhamento médico.

A estimativa da OMS é que 81% das pessoas com HIV no planeta conhecem a condição e que, 6 em cada 10 infectados pelo vírus estão indetectáveis, devido ao tratamento com remédios antirretrovirais, isso significa que as cargas virais são tão baixas que não transmite mais o vírus, pelo menos sexualmente.

De acordo com Juliana Gebrim, independentemente do estágio da infecção, a pessoa com HIV necessita de acolhimento, uma vez que irá passar por vários processos psicológicos. “Essa pessoa vai passar por vários processos psicológicos. Em primeiro lugar, pode começar a negar que tem o vírus, vai fazer várias vezes o teste. Depois, ela vai entrar no processo de muita raiva de si e talvez do agente ou local onde ela tenha pego. Depois, ela entra em uma fase de barganha, que ela vai tentando negociar melhoras para ela sair do quadro. Mas, posteriormente, ela pode entrar no quadro depressivo. E aí é hora de tomar cuidado, porque a imunidade da pessoa pode baixar no estado depressivo. E posteriormente, chegar à fase da aceitação”, explicou.

Casos em Goiás

Assim como no mundo todo, Goiás também tem apresentado queda. Segundo dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), em 2020 e 2021, foram registrados 1.365 e 959 casos, respectivamente.  Além disso, os dados da SES-GO indicam ainda o registro de 1.436 pessoas infectadas que vivem com HIV/Aids em Goiás atualmente.

De acordo com a pasta, o boletim completo deve ser divulgado nesta quarta-feira (1º/12), Dia Mundial de Combate a Aids.

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