Michelle Bolsonaro reage a comentários sobre comemoração da vitória de Mendonça
Imagens mostram primeira-dama falando “em línguas”, algo comum entre pentecostais
Por: Maria Paula Borges

As comemorações da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em relação a aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada deram o que falar nas redes sociais. As imagens que circularam na internet mostram Michelle dizendo “glória a Deus” e falando “em línguas”, costume entre pentecostais para manifestar “o Espírito Santo”. Nas redes sociais, a primeira-dama reagiu aos comentários.
Em publicação no stories do Instagram, Michelle usou um versículo para responder aos internautas chamando os comentários de intolerância religiosa. “Usarei 1 Coríntios 2:10-14 para responder à intolerância religiosa e o desamor de muitos a meu respeito, por celebrar a vitória do meu irmão em cristo André Mendonça”, disse. A passagem usada por Michelle diz “Ora, o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
A primeira-dama recebeu defesa das lideranças evangélicas. O pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia definiu como deboche e preconceito contra a fé. “Não vejo essa gente debochar daqueles que professam sua fé em orixás e santos. Mas debocharam dos evangélicos”, afirmou em vídeo.
Além disso, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, prestou solidariedade a Michelle por meio das redes sociais, pedindo por respeito. “Vimos muitos intolerantes e haters que deviam respeitar as pessoas e principalmente a Deus. A intolerância parte justamente daqueles que se dizem “tolerantes”… Triste”.
Aprovação de Mendonça
André Mendonça foi aprovado para a vaga do STF depois de quase cinco meses de espera e sua posse será no dia 16 de dezembro. Mendonça recebeu 47 votos a favor e 32 contra, sendo essa a mais baixa quantidade de votos dentre todos os atuais integrantes da Corte.
O ex-advogado-geral da União se deparou com resistência do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a principal fonte de apoio foi de lideranças religiosas.