iFood é multado em R$ 1,5 milhão por alteração dos nomes de restaurantes por frases pró-Bolsonaro

Procon Carioca disse que aplicou a multa por falta de explicações por parte da empresa. Em novembro, o aplicativo mostrou mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contrárias à vacina, o que teria sido causado por meio de uma conta de funcionário de prestadora de serviço.

Postado em: 09-12-2021 às 16h59
Por: Alexandre Paes
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Em novembro, o aplicativo mostrou mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contrárias à vacina, o que teria sido causado por uma conta de um funcionário da prestadora de serviço. | Foto: Reprodução

O Procon Carioca informou na última quarta-feira (8/12) que multou o iFood em R$ 1.508.240. O órgão ligado à prefeitura do Rio de Janeiro disse que a empresa não deu informações sobre a alteração indevida no aplicativo que levou à exibição de mensagens políticas onde estariam os nomes de restaurantes. A plataforma pode recorrer da decisão.

O órgão de defesa do consumidor entendeu que faltaram explicações por parte da empresa. Segundo o iFood, a alteração dos nomes foi feita por um funcionário terceirizado com “permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma”.

A companhia, porém, alegou que os dados de clientes ou entregadores não foram vazados, mas agentes do Procon apuraram que na Declaração de Privacidade, o aplicativo afirma que compartilha dados de usuários com empresas terceirizadas.

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Pela falta de informações fornecidas sobre quais documentos e dados são compartilhados e também por não responder outras questões, como o tempo para correção, o órgão multou o iFood.

Após o ocorrido, agentes do órgão de defesa do consumidor iniciaram uma apuração e constataram que o iFood indica em sua Declaração de Privacidade que compartilha dados de usuários com empresas terceirizadas, incluindo informações de pagamento.

O caso ocorrido em novembro fez vários estabelecimentos pelo país terem seus nomes trocados no aplicativo por mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contrárias à vacina.

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