Projetos de agricultura sustentável serão beneficiados com US$ 1,2 bilhão do BID
Novas linhas de crédito poderão ser acessadas por 10 anos
Por: Maria Paula Borges
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirma que os projetos sustentáveis da agricultura brasileira vão ter acesso a uma nova linha de crédito, aprovada na última quarta-feira (8/12), de US$ 1,2 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo informações, US$ 230 milhões será aplicado pelo ministério no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Agropecuário no Nordeste (AgroNordeste).
O valor será investido no desenvolvimento de oportunidades econômicas em cadeias de valor agropecuárias, na regularização fundiária e ambiental. Além disso, os recursos serão utilizados em projetos do AgroNordeste para ampliação da área livre de moscas-das-frutas existentes no Rio Grande do Norte e Ceará, e na Consolidação da Área de Proteção Fitossanitária de moscas-das-frutas na região do Vale do São Francisco.
Os recursos beneficiarão ainda associações e cooperativas de produção de mel do Piauí, produção de manga e ovinocultura do Rio Grande do Norte, peles, couros e ovinocaprinocultura em Paraíba, leite no Sergipe, pimenta-do-reino no Espírito Santo, e polvilho e mandioca em Minas Gerais. Outros projetos do programa também serão avaliados e devem beneficiar mais de 166 mil produtores.
As linhas de crédito do BID ficarão disponíveis por dez anos e os projetos apresentados devem estar alinhados com políticas de apoio ao setor agropecuário e ao desenvolvimento rural, definidas como prioritárias pelo Plano Estratégico 2020-2031 do Mapa, principalmente em áreas temáticas de defesa agropecuária, inovação agropecuária, regularização fundiária, regularização ambiental e sustentabilidade ambiental adaptada às mudanças climáticas.
A nova linha tem como objetivo a melhoria da produtividade e a resiliência do setor agropecuário, renda e acesso a serviços básicos no Brasil rural. A linha pode ser acessada por entidades dos governos federal e estadual, além de instituições financeiras para atuarem como intermediárias com o setor privada, conforme normas da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex).
