Em nova operação, PF prende líder de grupo que usava aviões da FAB para tráfico de drogas
A Polícia Federal (PF) deu início na quarta-feira (15/12) à 5ª fase da Operação Quinta Coluna, que investiga lavagem de dinheiro praticada
Por: Ícaro Gonçalves

A Polícia Federal (PF) deu início na quarta-feira (15/12) à 5ª fase da Operação Quinta Coluna, que investiga lavagem de dinheiro praticada por líder de uma associação criminosa que traficava drogas para a Europa usando aeronaves da Força Aérea Brasileira – FAB.
No decorrer da operação, policiais federais deram cumprimento a 5 mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília, Florianópolis, e Santa Catarina. A Justiça Federal também determinou o sequestro e bloqueio de imóveis, empresa, dinheiro, veículos de luxo do homem apontado como líder do grupo, que não teve seu nome divulgado.
As investigações apontam que a aquisição de bens e movimentação de valores foram realizadas majoritariamente em espécie e que o investigado teria se utilizado de parentes para figurarem como “laranjas”. Também foram utilizadas empresas de fachada para dissimular a propriedade de imóveis e movimentação de vultosas quantias.
O líder do grupo e outros investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de reclusão.
Relembre o caso
O possível esquema de tráfico de drogas por meio de aviões militares veio à tona após a prisão do sargento brasileiro Manoel Silva Rodrigues, em junho de 2019, na Espanha. Ele transportava a droga em voo da comitiva presidencial. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não estava na aeronave.
A primeira fase da operação para aprofundar as investigações sobre o caso ocorreu em fevereiro de 2021. Além do uso de aeronaves militares para o tráfico, os investigadores apuram um esquema de lavagem de dinheiro. À época, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.
Um mês depois, a Justiça determinou a prisão de outros três militares e da esposa de Manoel Silva Rodrigues, por participação nos crimes. Segundo a Polícia Federal, os investigados se associaram ao sargento preso na Espanha, “de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas”.
Segundo a PF, os acusados realizavam a comprar de bens de alto valor, como imóveis e carros de luxo para ocultar os o dinheiro obtido por meio do tráfico de drogas.
Em outubro deste ano, um suspeito de ameaçar testemunhas da investigação foi preso. Segundo a PF, o preso também é apontado como um dos líderes e financiados do esquema criminoso.