Em ato semelhante ao da Receita Federal, servidores do BC iniciam a entrega de cargos de chefia

Entidade afirma que a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas

Postado em: 03-01-2022 às 16h10
Por: Maria Paula Borges
Imagem Ilustrando a Notícia: Em ato semelhante ao da Receita Federal, servidores do BC iniciam a entrega de cargos de chefia
Entidade afirma que a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas | Foto: reprodução

O sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou nesta segunda-feira (3/01) o movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia. O ato é semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias.

De acordo com a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Segundo a Folha de São Paulo, o Sinal afirmou em nota que uma lista será elaborada nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.

Após o Congresso aprovar a previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), os servidores pedem por reajuste salarial. “Estamos começando hoje, a ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande”, afirma o presidente do Sinal, Fabio Faiad.

Continua após a publicidade

Os servidores do Banco Central enxergam a falta de reajuste com “indignação”, que beneficiaria apenas os policiais. Além disso, os servidores que eventualmente substituíram os comissionados também serão convidados a aderir, abrindo mão de cobrirem os titulares, segundo a Folha de S. Paulo.

O Sinal anunciou também a adesão de trabalhadores do BC à paralisação dos servidores federais, prevista para o próximo dia 18, organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Segundo Faiad, o objetivo da mobilização é reivindicar reajuste salarial não só para policiais federais, mas também para o Banco. “Vamos inviabilizar a administração porque não está sendo atendido o pleito justo também para servidores do BC”, ressalta.

O início do movimento foi marcado pela entrega de comissões na Receita Federal e o sindicato da categoria, Sindifisco, estima que 951 auditores em postos de chefia já renunciaram os cargos comissionados até a última quinta-feira (30/12). Conforme dados da entidade, isso ultrapassa 90% dos efetivos.

Além disso, outras carreiras do Executivo federal e do Judiciário começaram a se queixar do aumento previsto para policiais, entre elas funcionários do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), peritos médicos e auditores agropecuários.

Veja Também