Prefeitura do Rio cancela blocos de rua no carnaval mas mantém os desfiles na Sapucaí

O cancelamento de eventos de carnaval devido à covid-19 tem se tornado uma realidade em todo o país.

Postado em: 05-01-2022 às 08h41
Por: Alexandre Paes
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O cancelamento de eventos de carnaval devido à covid-19 tem se tornado uma realidade em todo o país. | Foto: Reprodução/Internet

A Prefeitura do Rio decidiu na última terça-feira (4/1) que a cidade não terá carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia. A decisão foi tomada levando em conta os dados epidemiológicos, que apontam para um novo aumento de casos de covid-19 após um período de quedas. O prefeito Eduardo Paes falou sobre o assunto durante uma live.

“O carnaval de rua nos moldes que eram feitos até 2020, já não aconteceu em 2021 e não vai acontecer em 2022. Eu falo aqui como um prefeito que gosta de carnaval, como um cidadão, mas infelizmente a gente não pode fazer”, disse.

Segundo o Paes, os desfiles no sambódromo estão mantidos, bem como também poderão ocorrer bailes em locais fechados. Um protocolo de controle para o público ainda será detalhado. Estar em dia com a vacinação será um dos pré-requisitos para poder acessar esses eventos. O uso de máscara também será necessário.

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“Se podemos ter jogos do Flamengo no Maracanã e jogos do Vasco em São Januário, podemos ter desfile da Portela, da Mangueira, do Salgueiro, da Beija-Flor no estádio do samba que é a Marquês de Sapucaí. Basta que os protocolos adotados para o futebol sejam transferidos. Isso também vale para as festas em espaço fechado, onde você tem como estabelecer controle”, acrescentou Paes.

O cancelamento de eventos de carnaval devido à covid-19 tem se tornado uma realidade em todo o país. Os 29 municípios que fazem parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais tomaram essa decisão por unanimidade. O governo da Bahia também desautorizou eventos nas cidades baianas. No estado do Rio de Janeiro, Niterói e Maricá já seguiram o mesmo caminho.

Eventos alternativos

Paes disse que propôs ao patrocinador e aos blocos a organização de eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle, como o Parque Olímpico e o Parque de Madureira. O prefeito disse que a proposta não foi bem aceita porque os blocos têm uma relação com seus bairros e regiões, entre outras razões.

A proposta, no entanto, não seduziu representantes dos blocos, que enfatizam a ligação com os territórios tradicionais por onde desfilam. A prefeitura informou estar aberta a contrapropostas que sejam consideradas viáveis.

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