Relatório Mundial de Direitos Humanos aponta desafios a democracia brasileira nas Eleições 2022

Human Rights Watch (HRW) aponta que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), causa grandes preocupações a democracia no país

Postado em: 13-01-2022 às 11h03
Por: Augusto Sobrinho
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Human Rights Watch (HRW) aponta que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), causa grandes preocupações a democracia no país | Foto: Reprodução

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) lança, nesta quinta-feira (13/01), o Relatório Mundial de Direitos Humanos 2022 e alerta a democracia brasileira para as eleições presidenciais e legislativas deste ano. Com 752 páginas, a ONG resume a situação em mais de 100 países e aponta cenário “desafiador” para as Eleições 2022 no Brasil.

“Com a proximidade das eleições presidenciais de outubro, o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, o Ministério Público Federal, o Congresso e outras instituições democráticas devem permanecer vigilantes e resistir a qualquer tentativa do presidente Bolsonaro de negar aos brasileiros o direito de eleger seus líderes”, afirma a diretora da HRW no Brasil, Maria Laura Canineu.

De acordo com o documento, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou os pilares da democracia no Brasil ao tentar minar a confiança no sistema eleitoral, a liberdade de expressão e a independência do Judiciário. Além disso, atacou repórteres e a imprensa 87 vezes durante o primeiro semestre de 2021, aponta a organização Repórteres Sem Fronteiras, e elogiou a ditadura militar de 1964-1985.

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A ONG internacional também aponta que o presidente encoraja a violência policial, acusa Bolsonaro de promover a degradação ambiental e o desrespeito aos direitos da população indígena e cobra da Procuradoria-Geral da República (PGR) que examine o relatório final da CPI da COVID “com muita seriedade, pois revelou que a resposta desastrosa do governo à pandemia colocou em risco a saúde e a vida dos brasileiros”.

Por esses pontos, Kenneth Roth, diretor executivo global da HRW, afirma que líderes democráticos não podem apenas apontar as deficiências dos autocratas, mas devem deixar suas diferenças de lado para agirem em conjunto e defenderem o exercício da democracia. O gabinete do presidente não respondeu a um pedido de comentário sobre o relatório.

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