Queiroga admite terceira onda de covid-19 no Brasil devido ao avanço Ômicron

"Naturalmente há um aumento de casos por causa da Ômicron, isso pode ser considerado sim uma terceira onda", afirmou o ministro em entrevista.

Postado em: 14-01-2022 às 08h25
Por: Ícaro Gonçalves
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"Naturalmente há um aumento de casos por causa da Ômicron, isso pode ser considerado sim uma terceira onda", afirmou o ministro em entrevista | Foto: Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu na noite desta quinta-feira (13/1) a existência de uma terceira onda de casos de covid-19 no Brasil devido ao avanço da variante Ômicron. “Vamos observar o comportamento da evolução dos casos, naturalmente há um aumento de casos por causa da Ômicron, isso pode ser considerado sim uma terceira onda”, afirmou o ministro em entrevista coletiva na saída do ministério.

O ministro disse que o aumento na demanda por leitos de UTI no sistema de saúde é incerto, e que vai acompanhar a evolução dos casos pelas próximas três semanas para decidir que medidas tomar. Queiroga destacou que a população brasileira já foi muito exposta ao vírus e que também foi vacinada, o que ajuda a impedir o aumento de casos graves.

“Espero que consigamos ter um desfecho melhor em relação a uma pressão menor sobre o sistema de saúde e que o número de pessoas que faleçam dessa doença não seja tão grande”, disse ele, ao considerar que torce para uma evolução da variante no país semelhante ao que ocorreu na Espanha, onde, apesar do aumento do número de casos, não houve crescimento das mortes.

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Autotestes

Na entrevista, Queiroga confirmou que o Ministério da Saúde pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para o uso dos autotestes da Covid-19. Segundo o ministro, os testes serão vendidos nas farmácias e cada unidade deverá orientar os clientes a como realizá-los.

Em comunicado, o ministério disse que, entre as justificativas para a adoção da medida, estão a possibilidade de ampliar a testagem para sintomáticos, assintomáticos e possíveis contatos; realizar testes antes de se reunir em ambientes fechados com outras pessoas; não sobrecarregar serviços de saúde, que já estão muito além do limite de sua capacidade de atendimento e para as pessoas saírem do isolamento, após resultado negativo e sem sintomas.

Procurada, a Anvisa informou que até o momento não registrou no sistema o recebimento da nota técnica do Ministério da Saúde.

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