Saiba como funcionam os autotestes de covid-19 defendidos por Bolsonaro

Os autotestes são feitos e interpretados pelo próprio usuário, que coleta sua própria amostra e segue as instruções do fabricante, como uma espécie de manual

Postado em: 18-01-2022 às 10h01
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Saiba como funcionam os autotestes de covid-19 defendidos por Bolsonaro
Os autotestes são feitos e interpretados pelo próprio usuário, que coleta sua própria amostra e segue as instruções do fabricante, como uma espécie de manual | Foto: Getty Images

O recente aumento de casos de covid-19 e a falta de exames e insumos em laboratórios para diagnóstico têm chamado atenção para uma outra possibilidade de detecção da doença que ainda não esta disponível no Brasil, os chamados autotestes.

Enquanto os exames disponíveis para os brasileiros são coletados e interpretados nas farmácias, os autotestes são feitos e interpretados pelo próprio usuário, que coleta sua própria amostra e segue as instruções do fabricante, como uma espécie de manual.

Nos Estados Unidos (EUA) e Europa, os autotestes podem ser comprados em farmácias com antecedência e mantidos em casa para usar quando necessário, mas alguns países tem distribuído por meio do sistema público de saúde.

Continua após a publicidade

No Brasil, os autotestes ainda não tem autorização para comercialização, porque seu uso “precisa ser parte de uma política de saúde pública” que é responsabilidade do governo, afirmou a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) em uma nota na semana passada.

Segundo patologistas, a confiabilidade do teste depende de uma série de fatores: a capacidade da pessoa para seguir instruções de coleta da amostra e realização do teste, a carga viral no momento da amostragem e a prevalência da doença em uma população quando o teste é feito.

A Anvisa afirma que a “outros países que adotaram a abordagem de execução de testes in vitro para covid-19 fora do ambiente laboratorial detém critérios sanitários direcionados a tais situações e estabeleceram políticas públicas na perspectiva do combate à disseminação do coronavírus”, disse a agência.

Após a declaração da Anvisa, o Ministério da Saúde, responsável pela elaboração de políticas públicas de saúde, enviou um documento à Anvisa pedindo a liberação dos testes e prevendo seu uso “em larga escala”. Até o momento a agência está fazendo a análise do pedido e a expectativa é que o resultado saia nesta semana.

Veja Também