Quinta-feira, 28 de março de 2024

Governo de São Paulo conclui que vacina não foi a causa de parada cardíaca em criança

Caso aconteceu em Lençóis Paulista, interior do estado paulista, na última quarta-feira (19)

Postado em: 20-01-2022 às 16h58
Por: Maria Paula Borges
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Caso aconteceu em Lençóis Paulista, interior do estado paulista, na última quarta-feira (19) | Foto: Dado Ruvic/Reuters

A vacinação infantil contra a Covid-19 foi suspensa em São Paulo na última quarta-feira (19/1), após um pai relatar reações de sua filha ao sofrer uma parada cardíaca depois de receber o imunizante. O caso aconteceu em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, e a suspensão partiu da prefeitura do município. Entretanto, o governo do estado de São Paulo concluiu que o produto não foi a causa da parada cardíaca.

A criança em questão tem 10 anos e sofre de uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família. Com isso, ela teria tido alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou cerca de 12 horas após receber o imunizante. Segundo a prefeitura, o paciente foi levado para um hospital de Botucatu, e segue em observação, com quadro de saúde estável e consciente.

De acordo com a Folha de São Paulo, a decisão de suspender a vacinação do grupo foi do prefeito Anderson Prazo. Em nota, a prefeitura afirmou que não há confirmação de que o estado da criança foi causado devido a uma reação da vacina da Covid-19 e que paralisou para investigação.

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Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) de São Paulo, a situação está sendo monitorada, mas que, conforme a análise, não há ligação. “Não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação está descartado”, afirmou.

O CVE ressaltou o curto intervalo entre a vacina e os sintomas, tempo considerado pequeno por especialistas para causar uma miocardite. A Divisão de Imunização do estado e os Grupos de Vigilância Epidemiológica de Botucatu e de Bauru foram responsáveis pela investigação.

Na ocasião, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou a importância da vacinação e reafirmou que os imunizantes são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguros e eficazes.

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