Após paralisação, retomada da produção de Coronavac será mediante encomenda

Conforme determinação do Instituto Butantan, a produção da Coronavac, suspensa desde agosto de 2021, será retomada no Brasil apenas mediante encomenda. Além disso, o Instituto informa que deve requisitar novo carregamento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) apenas para doses já comprometidas. Caso o Ministério da Saúde, algum estado ou país feche contrato, o IFA será importado do laboratório chinês Sinovac para a produção da vacina contra Covid-19.

A capacidade máxima de fabricação é de até 1 milhão de novas doses por dia. Após a entrega de 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde em setembro, os 15 milhões produzidos adicionalmente ficaram parados no estoque do laboratório.

O governo de São Paulo, de João Doria, tentou negociar o excedente com o Ministério da Saúde, entretanto o ministério resistiu, além de tentar exportar o material, sem sucesso. Então, Doria decidiu usar o imunizante para a vacinação infantil no estado, com aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para uso em crianças acima de 6 anos e em adolescentes.

Após a decisão, o governo de São Paulo ficou com 8 milhões de unidades e os 7 milhões restantes estão em negociação com o Ministério da Saúde, mas a pasta ainda não se decidiu sobre a aquisição. Na última sexta-feira (21/1), o ministério solicitou aos estados e municípios um levantamento sobre a quantidade de doses em estoque. A pasta afirmou ter 6 milhões de doses em estoque, estimando que as cidades tenham mais 3 milhões nas redes de frio.