Teste do Olhinho é o primeiro passo para identificar câncer e outras doenças oculares infantis

O anúncio de Tiago Leifert e de sua esposa Daiana Garbin de que a filha de um ano do casal está com câncer nos olhos chocou o Brasil neste último fim de semana. A pequena Lua Garbin foi diagnosticada com retinoblastoma – tipo raro de tumor nos olhos – em maio do ano passado. A doença corresponde a 3% dos cânceres infantis, mas pode ser diagnosticada com um importante exame feito ainda nas primeiras horas de vidados bebês: o Teste do Olhinho.

O Teste do Olhinho, conhecido como teste do reflexo vermelho, é feito ainda na maternidade, até 72 horas de vida do bebê. É o primeiro exame que ajuda na detecção precoce de doenças oculares que podem afetar crianças.

Entre essas doenças está o retinoblastoma, câncer de origem genética mais comum entre as crianças de até 5 anos de idade. Ele tem origem em células da retina e pode afetar um olho (unilateral) ou os dois. A estimativa é que, por ano, cerca de 6 mil crianças no mundo sejam afetadas por essa doença.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamentos de doenças oculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), o tratamento terapêutico é individual, adaptado a cada caso e baseado em aspectos como lateralidade, localização e tamanho do tumor primário, presença de metásteses e prognóstico visual estimado.

Os pais e responsáveis devem estar atentos para alguns sinais que podem indicar a presença do retinoblastoma, entre elas, uma alteração do reflexo vermelho dos olhos, observada em fotografias e caracterizada por um reflexo branco na pupila, chamado reflexo do olho de gato.

Essa mancha esbranquiçada é denominada leucocoria e pode impedir a passagem de luz. Estrabismo também pode estar associado ao retinoblastoma.