Polícia Federal investiga se Jalapão foi usado em esquema de lavagem de dinheiro do governador do TO

A investigação tramita em sigilo e Carlesse foi afastado do governo por 180 dias

Postado em: 31-01-2022 às 11h53
Por: Igor Afonso
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia Federal investiga se Jalapão foi usado em esquema de lavagem de dinheiro do governador do TO
A investigação tramita em sigilo e Carlesse foi afastado do governo por 180 dias | Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) conduz uma investigação que envolve suspeitas de desvios de dinheiro público, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito por parte do governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL). 

O governador é suspeito de comprar terrenos no entorno do Jalapão, um dos principais pontos turísticos do estado, com a finalidade de lavar dinheiro obtido por esquemas de corrupção dentro do governo estadual. 

A PF encontrou uma propriedade adquirida por uma pessoa ligada a Carlesse, possivelmente, usado como laranja do governador. As informações são do jornal Extra.

Continua após a publicidade

O terreno de 1.399 hectares fica no mesmo município que o Parque Estadual do Jalapão, em Mateiros e de acordo com a escritura lavrada em cartório, foi comprada em julho de 2021 por R$ 2 milhões. A transação foi feita por meio de uma empresa da qual o governador era o dono e que estava sob responsabilidade de um aliado.

“A operação foi realizada por meio da empresa Maximuss Participações SA, na pessoa do seu diretor presidente, Erick de Oliveira Araújo, que possui renda de R$ 13.000,00 mensais e ingressou no quadro societário da empresa Maximuss Participações S/A, no mesmo dia em que Mauro Carlesse deixou de fazer parte”, diz trecho da investigação.

Em julho do ano passado, uma semana após a compra do terreno, Carlesse assinou contrato para construção de um aeroporto no município de São Félix do Tocantins, na região. Entretanto, a privatização só foi sancionada em agosto. Esses foram os fatos observados pelo ministro do STJ Mauro Campbell para determinar o afastamento de Carlesse por 180 dias. A investigação tramita sob sigilo. 

Veja Também