Responsáveis pela morte do congolês no RJ se apresentam à polícia; internet pede Justiça
Comunidade Congolesa no Brasil denuncia o racismo estrutural e a xenofobia no Brasil
Por: Augusto Sobrinho
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Na tarde desta terça-feira (01/02), Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, se apresentou à 34ª Delegacia de Polícia de Bangu afirmando ter participado das agressões. Ele foi encaminhado à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro onde falou sobre o ocorrido, pediu desculpas à família de Moïse e
“Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele. Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida”, disse o suspeito à polícia.
Além dele, o dono do quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, também também se apresentou na 16ª DP da Barra da Tijuca, nesta terça-feira (01/02), junto de seus advogados, para prestar depoimento. A defesa afirma que ele não conhece o homem que afirmou ter agredido o congolês, mas orientaram o dono a não falar com a imprensa.
Após o brutal assassinato do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro, a Comunidade Congolesa no Brasil se manifestou, nesta terça-feira (01/02), sobre o assunto. Em nota, denunciaram o racismo estrutural e a xenofobia no Brasil, repudiaram a violência e pediram Justiça. Além disso, o movimento #JustiçaporMoise ganha força e adeptos nas redes sociais.
“Esse ato brutal, que não somente, manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileiro, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar. Combater com firmeza e vencer o racismo, a Xenofobia, é uma condição para que o Brasil se torne uma nação justa e democrática”, afirma a nota.
O jovem foi espancado até a morte pelo gerente e amigos do kiosque Tropicália, Posto 8 Barra da Tijuca, no dia 24 de Janeiro de 2022 às 21h. Ele trabalhava como ajudante de cozinha por um contrato temporário e, segundo a família, no final do seu trabalho foi cobrar R$ 200 por duas diárias atrasadas e, então, começou a ser agredido por seis pessoas com um Bastão de Baseball.
“Esse ato brutal, que não somente, manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileiro, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar”, destaca a comunidade congolesa. Além disso, surgiu nas redes sociais a hashtag #JustiçaporMoise em que Atletas, políticos, intelectuais e pessoas comuns pedem justiça, confira: