Governo do estado, Sabesp e concessionária não assumem responsabilidade de desabamento na marginal Tietê

Durante a última terça-feira (01/01) uma cratera surgiu nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo na marginal Tietê, principal via expressa da capital, entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó. O desmoronamento não resultou em nenhum ferido e um trecho da pista continua isolado.

Dentre as partes responsáveis pela obra, nenhuma assumiu a responsabilidade pela cratera, sendo elas o governo de São Paulo, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a concessionária Acciona (responsável pela obra do metrô). A investigação para descobrir a causa do desmoronamento está sendo feita, porém houve um rompimento de uma galeria de esgoto a três metros do túnel escavado pela máquina de perfuração, chamada de “tatuzão”.

O governo do estado de São Paulo tem apontado que a responsabilidade de reparação e  do acidente são da Acciona. Durante a coletiva de imprensa feita nesta quarta-feira (02/02) o governador João Doria afirmou ter cobrado a concessionária a arcar com os reparos. “Quero deixar claro que todos os custos advindos dessas operações serão suportados pela Acciona. Ela assumiu esses custos, sejam eles da obra, sejam eles de recuperação”.

Durante a noite do mesmo dia da declaração do governador, a concessionária respondeu em nota que, segundo as informações disponíveis até o momento, o acidente “não está relacionado diretamente ao desenvolvimento das obras da Linha 6-Laranja”.

Já a Sabesp, responsável pelo serviço de saneamento do estado, afirma que ainda é cedo para se tirar qualquer conclusão sobre o ocorrido, porém defendeu a qualidade da a galeria de esgoto, construção sobre sua responsabilidade.