Em apenas um discurso presidente Bolsonaro ataca ex-governos, PT, Supremo e governadores

O chefe do executivo cumpria agenda oficial no município de Jucurutu, em visita à barragem de Oiticica

Postado em: 09-02-2022 às 17h10
Por: Augusto Sobrinho
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O chefe do executivo cumpria agenda oficial no município de Jucurutu, em visita à barragem de Oiticica | Foto: Reprodução

Durante visita ao interior do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (09/02), o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou “palavrões” para se referir a governos anteriores, atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e, ainda, afirmou que seu governo não errou na gestão da pandemia da Covid-19. O chefe do executivo cumpria agenda oficial no município de Jucurutu, em visita à barragem de Oiticica, que vai receber as águas do eixo Norte do projeto de transposição do rio São Francisco.

“Durante a transição após as eleições [de 2018] em Brasília, estávamos conversando com o que estava acontecendo com o governo anterior e como estava o governo. Descobrimos que a Funai tinha um contato de R$ 50 milhões para ensinar o índio a mexer com Bitcoin. Ah, vá para a puta que pariu, porra. Desculpe o palavrão aqui”, disse Bolsonaro se referindo a às gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016).

Bolsonaro criticou governos petistas e relembrou escândalos de corrupção durante a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT). Na ocasião, o presidente também comentou sobre a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). Decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito das fake news no STF. “Eu não prendi nenhum deputado. Não desmonetizei página de ninguém. Não ameaço ninguém, mesmo que os que me ofendem, que me atacam”, disse.

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Além disso, destacou sua gestão durante a pandemia e criticou medidas de isolamento aplicadas nos Estados. “A política do fica em casa, lockdown e toque de recolher, foi desumana. Levou a mortes, desemprego, muita gente foi para depressão e para o desespero. Não errei nenhuma durante a pandemia, fui atacado covardemente o tempo todo, mas a decisão de conduzir a questão da pandemia, segundo decisão do STF, foi para governadores e prefeitos”, disse Bolsonaro.

Por fim, afirmou estar sendo alvo de acusações aleatórias quanto a sua postura. “É um governo democrático e que pesa pela liberdade de cada um de vocês. Liberdade essa que é o bem maior de um povo democrático. Isso ninguém vai poder me acusar do contrário. Em momento algum, uma só palavra minha, um só gesto, uma só ação, um só projeto, seja o que for… Visou ou visa democratizar a mídia, controlar a mídia… Isso não existe da nossa parte”, concluiu.

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